A marcha fúnebre do Ministério das Cidades

04/12/2018 às 08:14 Ler na área do assinante

Enquanto algumas Instituições de arquitetura que fazem parte do seleto grupo esquerdopata da “resistência” e que ainda teimam em criar argumentos para dar importância a um Ministério falido pela corrupção e incompetência, pouca importância isso tem sido dado pela opinião pública. São gritos no silêncio.

Como já dizia Niemeyer, a arquitetura é a cara de uma sociedade. O que se vê em todo o Brasil, hoje em dia, são cidades feias e desorganizadas. A opinião de um arquiteto não é mais relevante como referência, pois alguns ainda continuam insistindo no mesmo erro, acreditando e fazendo acreditar em falácias e teorias inconsistentes enfeitadas de uma retórica poética e antagônica em prol das minorias sociais. É patético.

Os principais objetivos do Ministério das Cidades, hoje totalmente aparelhado por lulopetistas, são: combater as desigualdades sociais, transformar as cidades em espaços mais humanizados e ampliar o acesso da população à moradia, saneamento e transporte.

Nunca houve, entre os nove ministros já existentes, desde a sua fundação em 2003, nenhum arquiteto e urbanista, todos foram indicações políticas partidárias, em sua maioria advogados.

Aliás, o nepotismo é uma doença que assolou todas as mais de cinco mil prefeituras em todo o Brasil, sobrecarregando a folha de pagamento com profissionais desqualificados em seus cargos, em detrimento de financiamentos paternalistas.

É algo completamente sobre-humano, mesmo para um especialista, gerir uma complexidade de áreas temáticas, incluindo o PAC, centralizados em um único ministério, diante de um cenário macro econômico tão extenso, de dimensões faraônicos, como em nosso imenso país, aos quais milhares de projetos estão diretamente ligados.

Sua marcha fúnebre é inevitável.

Ao contrário do que muitos arquitetos prolixos da resistência continuam a defender um ministério já denegrido por sua má gestão, acabam por se expor ao ridículo, adulterando o real sentido da profissão de arquiteto com uma filosofia inoperante de remendos e faz de conta, com discursos socialistas que não condizem com a realidade, como por exemplo “Minha Casa Minha Vida”, uma plantação de repolhos no meio do nada e de péssima qualidade construtiva, “Lei de Assistência Técnica” que nunca saiu do papel desde sua invenção em 2008, além da eterna falta de saneamento básico e transporte eficiente em cidades fétidas e poluídas.

É importante que o Ministério das Cidades seja exterminado de uma vez por todas, pois é muito mais lógico e viável que nossas Instituições de arquitetura locais possam batalhar, diretamente às suas prefeituras municipais, concursos públicos para projetos arquitetônicos, urbanísticos e paisagísticos, em prol do respeito e confiança à profissão de arquiteto, cumprindo o seu papel com a sociedade.

Kleber Saba

Arquiteto

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