Pense comigo e responda com sinceridade: em que momento da história republicana nacional, você assistiu o governo defender algo que não fosse exclusivamente vantajoso apenas pro governo e seus membros? Hããã...
Pois é. Quando o governo vem a público para defender um “programa social”, um “direito da sociedade”, uma “medida para ampliar os benefícios dos mais necessitados”, torna-se necessária uma tecla SAP, para traduzir em português claro, o idioma oficial dos burocratas do governo. Todas essas frases, no conjunto administrativo da governança pública, querem apenas dizer: VOU ARRANCAR MAIS DINHEIRO DE VOCÊS, SEM DAR NADA OBJETIVO OU ÚTIL EM TROCA.
Vejamos o SUS. Maravilhoso. No papel. É bom pro paciente? Não. É bom pro médico? Não. É bom pra equipe de enfermagem? Não. É bom pro hospital? Não. É bom pra quem então?
O SUS na concepção atual, não serve a ninguém. Serve apenas e tão somente, como mera desculpa útil para o governo tomar dinheiro da sociedade, sem dar nada em troca.
“Malévola! Coxinha! Insensível!”
Não. Realista. Não estou aqui dizendo que a saúde pública e gratuita deve acabar. Não mesmo. Estou dizendo que o SUS é ruim e deve ser profundamente reformulado ou extinto.
Enquanto não colocamos o dedo na ferida, a nobre casta dos “homens do governo”, continua a gastar desmedidamente, como se não houvesse amanhã. E certamente não haverá.
Enquanto nos enchemos de pudores, evitando a realidade, vivemos um mundo onírico, onde o governo finge que nos beneficia, enquanto o resto vive o pesadelo de pagar a conta. Cada vez mais alta. Para um serviço cada vez pior.
(Texto de Adriana Lisboa. Médica em Santa Catarina)