Toffoli quer 40% dos presidiários nas ruas e Lula pode sair junto...
27/11/2018 às 11:49 Ler na área do assinanteNa última segunda-feira, 26, o Presidente do STF, Dias Toffoli, participou da 11ª edição do Poder360-ideias, em Brasília, onde participaram também empresários e jornalistas.
“Nem o Lula ia ser solto se o Haddad ganhasse nem vai ser preso para o resto da vida porque o Bolsonaro ganhou. Essas perguntas não têm sentido (...). O Supremo tem independência e autonomia. O Mensalão aconteceu com a maioria dos ministros indicados pelo Lula. Nenhum presidente da República tem influência [no Supremo], nem anterior, nem atual” disse o ministro”.
Apesar do ar de isenção da declaração, é notório que Toffoli é uma peça estratégica de Lula dentro do STF. O mesmo foi indicado pelo próprio ex-presidente ao cargo mesmo sem nunca ter sido aprovado por concurso público para a magistratura. A questão se agrava frente ao engajamento do ministro em seu plano para soltar 40% da população carcerária até 2020, ampliando mutirões carcerários e audiências de custódia, além de incentivar outras "soluções alternativas". Combinando-se a sua dedicação a esse plano e a declaração de que Lula não ficará preso para sempre, não é difícil juntar os pontos.
A próxima gestão pública promete grandes embates no âmbito do Judiciário, uma vez que, de um lado, o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, pretende apresentar projetos de lei para combater de frente a corrupção e a insegurança pública e, de outro, estará Toffoli, incentivando o combate à superlotação nos presídios e aliado de longa data das políticas vitimistas do PT.