Os esquerdopatas vestiram a batina marista do Colégio Rosário de Porto Alegre

24/11/2018 às 13:35 Ler na área do assinante

Causou perplexidade geral os últimos acontecimentos no Colégio Marista Nossa Senhora do ROSÁRIO, de Porto Alegre, onde um grande grupo de “filhinhos” e “filhinhas de papai, que certamente só “estudam”, e jamais trabalharam - vivendo, portanto, às custas dos pais, integrantes da “burguesia”, mas que inclusive pagam as “salgadas” mensalidades dos seus filhos nesse colégio particular - quando resolveram adotar o símbolo da “foice e do martelo”, que já foi abandonado em quase todo o mundo, declarando guerra contra a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de outubro.

Esses absurdos que passaram a acontecer no “Rosário” colidem frontalmente com o espírito “Marista”, cultivado pelo “Instituto dos Irmãos Maristas das Escolas”, ordem religiosa fundada em 1817, por Marcelino Champagnat, no vilarejo de La Valla, França, ao qual o Rosário é vinculado. E a importância do Colégio Rosário é tão grande que ali foi o nascedouro da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

No início da década de 60, cursava eu o “Clássico”, no Colégio Estadual Júlio de Castilhos (colégio público), que tinha um corpo de professores dos mais qualificados do Rio Grande do Sul, “competindo”, em igualdade de condições”, com o Colégio Marista Rosário (colégio particular), de Porto Alegre, também muito prestigiado.

Mas antes de ingressar no curso “Clássico”, do “Julinho”, como carinhosamente o colégio era conhecido, eu tinha sido aluno e me formado no curso “ginasial” do “Ginásio São João Batista”, dos Irmãos Maristas, que na época era o único curso ginasial que tinha em Montenegro/RS.

Nesse tempo, os Irmãos Maristas usavam obrigatoriamente a conhecida “batina”. E como professores em sala de aula, também a usavam. Só não usavam a batina os poucos professores “terceirizados”.

Eram tão fieis ao uso dessa vestimenta, que até para jogar futebol os Maristas a usavam. É claro que no caso eles usavam as batinas que já estavam mais gastas pelo uso. Lembro bem do “craque” que usava batina para jogar futebol, no “campo” (que era de pura areia), junto ao prédio do Colégio. Era o Irmão Leocádio Antunes, um craque “5 Estrelas”, pessoa formidável, que não tirava a batina nem para jogar, e que era tão velha e “rasgada”, que tinha remendos improvisados até com arame.

Mas esse “craque-de-batina”, o Irmão Leocádio, levava uma enorme vantagem sobre os jogadores adversários. Ninguém conseguia “dribá-lo”, passando por ele com a bola numa “janelinha”, ou seja, por meio das suas pernas, para retomá-la logo após. De qualquer forma, era um grande jogador.

Durante os 4 anos em que cursei o Ginásio São João Batista, jamais ouvi nenhum Irmão Marista dar qualquer opinião sobre política, ou ideologias políticas.

Éramos totalmente livres de “lavagens cerebrais” ideológicas. Dirigido democraticamente pelo Irmão Luis Benício, a ordem no Ginásio era no sentido dos professores jamais se intrometerem nas tendências políticas e ideológicas dos alunos.

Agora tudo mudou. E muito. O Colégio Marista Rosário, de Porro Alegre, por exemplo, virou um antro de lavagem cerebral de esquerda, patrocinada pelos professores da área de Ciências Humanas, sob a cobertura ou, no mínimo, total omissão, da Direção da Escola.

Logo após o “auê” que fizeram contra vitória de Bolsonaro, os referidos “lavados cerebrais” resolveram fazer um “júri simulado”, nas dependências do Rosário, tudo devidamente registrado e filmado no “site” oficial dessa organização educacional. No banco dos réus desse júri simulado estava a “burguesia”, portanto “eles” próprios, e seus pais, que lhes pagam os estudos.

Toda a acusação contra o “réu”, a “burguesia”, patrocinada por 7 (sete) Turmas da 2ª Série do Ensino Médio do Rosário, se baseava na luta de classes pelo ótica marxista, cujo desfecho final seria a instalação da “ditadura do proletariado”.

A ré, “burguesia”, nem teve direito à defesa. A “chuva” de acusações contra ela foi “torrencial”, daquelas que podem provocar um verdadeiro dilúvio.

O “cardápio” da acusação:

(1) a exploração do trabalho e dos recursos naturais;
(2) a obsessão pelo lucro em detrimento da dignidade humana;
(3) o estímulo à competitividade e à ganância;
(4) a degradação mental e da saúde das sociedades;
(5) o individualismo e consumismo;
(6) a apropriação privada dos meios de produção;
(7) a desigualdade;
(8) a falta de compaixão;
(9) a desumanização;
(10) o desrespeito aos direitos.

Vê-se, por conseguinte, que a estratégia “gramscista” de implantar o comunismo nas sociedades, “comendo-pelas-beiradas”, com atenção especial aos estabelecimentos de ensino, teve estrondoso sucesso no Brasil. Os filhos da burguesia estão atacando os pais, a burguesia.

Não há como negar que efetivamente a nossa sociedade sofre muitos dos problemas apontados pelos jovens estudantes do Rosário. Em grande parte o “diagnóstico” está absolutamente certo. Quase todos nós, nessa mesma idade, tínhamos idêntico entendimento.

Mas igual a essa nova geração, também estávamos errados quanto às “soluções”. O que hoje acontece também aconteceu ontem, onde igualmente havia rebeldia juvenil. Mas todas as nossas “novas gerações” não têm acertado o “foco”. As grandes “inimigas” do povo são as “Nomenklaturas” regionais, que quando instaladas passam a explorar tanto o trabalho, quanto o capital, sem participarem da produção das riquezas, e que por isso mesmo se tornam os novos escravos dela, da “Nomenklatura”. Por isso o “comunismo” e suas variantes, quando instalados, sempre desembocam na “Nomenklatura”.

A “receita” para corrigir os males que hoje os estudantes do Rosário denunciam, e ontem, igualmemente, também quase todos “nós” apontávamos, é que está totalmente errada.

Essa errônea “receita”, que já foi adotada em muitas partes do mundo, nunca deu certo em parte alguma. Só quem se deu bem nessas “mudanças” foram as respectivas “Nomenklaturas” de cada país, formadas pelos dirigentes e pelas classes de trabalhadores públicos privilegiados. Em nenhum país do mundo tomado pelos comunistas, apesar das suas promessas, a qualidade de vida do povo melhorou e os sofrimentos diminuíram.

Por isso há que se concluir que se aqui hoje a “coisa” é de fato muito ruim, com “eles”, amanhã, a “coisa” ficaria muito pior. Portanto essa “receita” não nos serve. Deve ser descartada.

Somadas as todas as suas vítimas, o marxismo e suas diversas variantes foram responsáveis por mais de 100 (cem) milhões de assassinatos “ideológicos” em todo o mundo.

É nesse rol de vítimas que os estudantes do Rosário querem ver seus pais “burgueses” incluídos? Ou eles mesmos, amanhã ou depois? Talvez até seus filhos?

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado, sociólogo,  pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).

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