Gabriela Hardt bota a Lava Jato nas ruas pela primeira vez depois de Sergio Moro
23/11/2018 às 09:35 Ler na área do assinanteBatizada de “Sem Fundos” a PF deflagrou uma nova operação nessa sexta-feira (23).
É a primeira sob o comando da nova juíza Gabriela Hardt e 56ª fase da operação. São 68 mandados de busca e apreensão, mais 14 de prisão temporária em São Paulo, Minas, Rio e na Bahia.
O esquema era feito na Petrobrás com a construção de um prédio que estava superfaturada, claro. Tudo isso no governo petista.
As investigações apontam que a execução da construção das edificações destinadas à instalação da nova sede da PETROBRAS em Salvador/BA, assim como os contratos de gerenciamento da construção, de elaboração de projetos de arquitetura e de engenharia foram superfaturados e direcionados para viabilizar o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos da PETROBRAS e dirigentes da PETROS, além de terceiros com eles mancomunados.
Tudo isso em prejuízo à estatal e ao fundo de pensão investidor, este mantido mediante patrocínio da própria PETROBRÁS e das contribuições de seus empregados, informa a nota oficial do PF.
Em suma, o FUNDO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL – PETROS, mediante parceria com a PETROBRÁS, investiu na execução da obra para alugar o prédio à empresa estatal por 30 (trinta) anos. Ocorre que, com o direcionamento da execução das obras à uma empresa ligada a outras duas grandes empreiteiras já conhecidas da Lavajato, o valor da execução ficou bem acima do que deveria, assim como o valor de aluguel a ser pago também.
Assim, os investigados direcionavam parte dos recursos obtidos desses valores a maior para pagamento das propinas, utilizando de artifícios para ocultar e dissimular a origem e destino desses montantes.
As penas somadas podem chegar ao total de 50 anos de prisão e multa
O nome da operação refere-se à perda do Fundo de Pensão da PETROBRAS, assim como ao fato de os crimes investigados parecerem revelar um “saco sem fundos”.