Questão do Enem: resposta para Jandira Feghali e para um bobalhão que ela acha "sensacional"
05/11/2018 às 20:46 Ler na área do assinanteJandira Feghali, a Deputada do PC do B que já me atacou em vídeo divulgado pelo youtube, vem apresentando como “maravilhosos”, “geniais” e “excelentes”, os vídeos de um rapaz, gay, que se apresenta como @caioblanco.
No seu último vídeo, que Jandira diz ser “sensacional”, ele fez a “defesa da questão da prova do ENEM sobre dialeto dos gays” e disse que tratar, numa prova de ensino médio, de “temas sociais relacionados às minorias”, não é comunismo, não é ser de esquerda nem de direita; é uma “questão de humanidade e empatia com todos”.
Veja o vídeo:
Em primeiro lugar eu gostaria de perguntar por que, já que todos somos iguais na condição humana, devemos buscar a linguagem de uma minoria para encontrarmos nossa “própria humanidade e empatia”.
Em segundo lugar, eu gostaria de perguntar que tipo de defesa de empatia é essa que prejudica todos os estudantes NÃO GAYS (que jamais ouviram falar na tal linguagem LGBT) num exame que é o mesmo para todos os MILHÕES de estudantes brasileiros.
Não existe “humanidade” nem “empatia” que possam nascer da OBRIGAÇÃO de CONHECER. Humanidade e empatia não podem ser ensinados na escola nem “cobrados” numa questão de prova que, uma vez errada, prejudica o estudante não gay (e até mesmo o gay que não conhece a linguagem) e ainda lhe coloca o sentimento de culpa pela “falta de empatia” e “humanidade” - segundo aquilo que se pode concluir do discurso do tal @caioblanco.
"Empatia" e "Humanidade" para com as pessoas que são gays não nascem do fato de reconhecê-las como gays; nascem do fato de reconhecê-las como PESSOAS.
Não existe "defesa da empatia", da "humanidade" nem dos "direitos humanos na questão" - Jandira Feghali e o tal Caio Blanco estão escondendo que ela, a questão, foi feita para ser respondida EXCLUSIVAMENTE por uma MINORIA e que trata-se, portanto, de ato covarde e injusto para com todos os demais candidatos (gays ou não gays) à medida que se constitui num PRIVILÉGIO de um seleto grupo.
Milton Pires
Médico cardiologista em Porto Alegre