Bolsonaro nos libertará da idiotocracia política plena?

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Tudo leva a crer que o Presidente Bolsonaro conseguirá romper com a nefasta estrutura política construída no passado, por políticos na sua maioria egressos da pior escória da sociedade.

A Constituição e as leis que os políticos “antigos” deixaram escritas, e que os novos “herdaram”, não estariam constituindo verdadeiras barreiras para efetivas mudanças para melhor? Alguém poderia conceber a boa atuação de um governo, preso a todas essas “amarras” do passado?

Diminuir ou acabar com a corrupção na vida pública, e combater a criminalidade nas ruas, seria suficiente para que o novo governo tivesse um bom desempenho do início ao fim?

Será que não seria conveniente afastar de uma só vez todos os empecilhos para bem-governar, mesmo que por meio de medidas mais drásticas, como aquelas “excepcionalidades” previstas no artigo 142 da Constituição?

Tornou-se célebre uma frase deixada por Nelson Rodrigues:

“A maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas que são a maioria da humanidade”.

Com essa frase, certamente ele estava se referindo à IDIOTOCRACIA POLÍTICA PLENA de um país, que poderia ficar instituída pela sua prática “democrática”, cuja maioria, decisiva no futuro de qualquer país, sempre é composta por eleitores absolutamente despreparados, beneficiando com isso espertalhões, corruptos e oportunistas, que se infiltram na política e dela fazem uma profissão.

E se um determinado país seria caracterizado, ou não, pela idiotocracia política plena, poderia ser esclarecido pela simples presença de certos requisitos que normalmente se fazem presentes nessas situações.

E são 10 (dez) os principais requisitos para caracterizar a IDIOTOCRACIA POLÍTICA PLENA de um país.

Ei-los:

(1) Acabar com a educação de boa qualidade;
(2) Dar oportunidade a poucos;
(3) Criar uma mídia absolutamente inútil;
(4) Garantir um sistema de saúde de péssima qualidade;
(5) Cobrar altos impostos do povo;
(6) Tudo deve não funcionar direito na área pública;
(7) Garantir a impunidade;
(8) Não investir em novas tecnologias e incentivar somente a produção primária e commodities;
(9) Empregar “mágicos” no Governo;
(10) Promover o desemprego o máximo possível.

As respostas a esses quesitos é que definirão se o respectivo país se enquadra nessa categoria, ou seja, se nesse povo a maioria “democrática” é de idiotas políticos, ou não.

Em termos de “país”, portanto, a idiotia só pode se manifestar claro mediante as eleições gerais para o comando político central do país como um todo, não em relação às políticas e governos regionais, que já seria outra “história”.

Por outro lado, essa realidade também tem o significado de apontar que o regime da idiotocracia política pode se “alternar” no país, de tempos em tempos.

Num certo período ela pode ser “vitoriosa”; em outro “derrotada”.

Portanto, a idiotocracia também pode sofrer “alternância no poder”.

Tenho para mim que muitos indicativos apontam na direção de que o Brasil esteve até agora mergulhado profundamente no regime da idiotocracia política plena.

Isso porque, sem exceção, todos os 10 requisitos que a definem, como antes exposto, estiveram presentes no país, pelo menos nos últimos anos, após a chamada “redemocratização”, a partir do término do Regime Militar, de 1985 em diante, passando, portanto pelos Governos Sarney, Collor/Itamar, FHC (2 mandatos), Lula (2 mandatos), Dilma (1,5 mandatos) e Temer (1/2 mandato).

Agora com o resultado das eleições de outubro de 2018, parece que o povo brasileiro acordou do pesadelo em que viveu, desde 1985, mais acentuadamente, de janeiro de 2003 em diante.

Foto de Sérgio Alves de Oliveira

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado, sociólogo,  pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).

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