Os tribunais agindo contra a Justiça e a favor da bandalheira nas universidades
27/10/2018 às 10:53 Ler na área do assinanteNão é de hoje que os tais “Tribunais Superiores”, sediados em Brasília, cujos membros são nomeados pelo Presidente da República, em última análise, portanto, exercendo “cargos de confiança” (CC) do Chefe do Poder Executivo, e que nem precisam pertencer aos quadros da magistratura que nela ingressam mediante concurso público, agem com total falta de respeito e desconsideração em relação aos Juízes e Tribunais das Instâncias Inferiores, formadas, majoritariamente, por magistrados de carreira concursados.
Sabe-se que de bom tempo para cá muitas Universidades Federais do Brasil, onde os alunos estudam de “graça”, portanto, às custas do erário e dos contribuintes de impostos que sustentam os seus estudos, viraram verdadeiras “bagunças” e nichos políticos de esquerda, agindo flagrantemente contra a legislação eleitoral, que proíbe mobilizações político-partidárias em prédios públicos, inclusive, portanto, nas Universidades Federais.
Mas fazendo vista grossa à legislação eleitoral , e ao próprio controle dos Tribunais Regionais e Juízes Eleitorais, numa total falta de respeito às leis e autoridades competentes, muitos grupos de estudantes, às vezes com total apoio e mesmo participação dos seus respectivos “Centros Acadêmicos”, e frequentemente das próprias “Reitorias”, transformaram as Universidades Federais em comitês políticos dos candidatos de esquerda, totalmente ao arrepio da lei.
As ocorrências com certos grupos de estudantes da Universidade Federal de Pelotas, por exemplo, de tão degradantes e agressivos que são, mais se aproximam de filmes de ficção, ou mesmo “terror”, que têm como palco um mundo completamente virado de “patas-para-o-ar”. Em algumas fotografias que foram publicadas nos jornais, certos grupos de “estudantes” da UFP mais representam um amontoado de drogados, alguns quase despidos, completamente “fora-da-casinha”.
Para espanto geral, a reação de alguns Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e do próprio Supremo Tribunal Federal (STF), foi muita “rápida”, e de inteira SOLIDARIEDADE, mas não com os Tribunais Regionais e Juízes Eleitorais, que agiram dentro dos seus permissivos e deveres constitucionais, e sim, ao contrário, pasmem, com os alunos “bagunceiros”, infratores da legislação eleitoral.
Alguma coisa anda muito errada, não só nas Universidades Federais, mas também dentro do próprio Poder Judiciário, e assim prosseguindo, não vai demorar que “os urubus que voam mais baixo façam as suas necessidades fisiológicas em cima dos urubus que voam mais alto”.
Tudo isso seria um quadro fiel ao que se passa na política?
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado, sociólogo, pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).