Simplificando a eleição: ou você vota a favor da corrupção ou vota contra ela

27/10/2018 às 09:55 Ler na área do assinante

O país está em sua pior crise. O governo federal, a maioria dos governos estaduais e das prefeituras estão em situação de penúria. Se fossem empresas privadas, já teriam ido à falência ou entrado em recuperação judicial, que é o codinome moderno da antiga concordata.

Por este motivo, a eleição de domingo pode ser considerada a mais importante de todos os tempos. E o eleitor precisa raciocinar com clareza e não se deixar conduzir pela magia/enfeitiçamento dos ataques de marketing, que conseguem transformar o justo em pecador, e vice-versa.

Aliás, o que ocorreu na reta final do segundo turno foi impressionante – um verdadeiro vale-tudo para transformar em criminosos justamente aqueles que lutam contra o crime, ao mesmo tempo santificando os candidatos de fichas sujas e partidos emporcalhados, numa inversão de valores que envolve também importantes institutos de pesquisa, conforme restará provado no início da noite deste domingo 28.

EMPATE TÉCNICO? – Na quarta-feira, dia 24, o famoso Ibope exibia sua face escatológica, ao anunciar uma espantosa subida do candidato Fernando Haddad, que na capital de São Paulo teria ultrapassado Bolsonaro, num resultado de 51% a 49%, justamente na cidade onde há dois anos o petista não conseguiu se reeleger prefeito e perdeu no primeiro turno para João Doria.

No dia seguinte, esta quinta-feira, o Vox Populi foi além e anunciou que no Brasil todo a diferença entre Bolsonaro e Haddad já poderia ser inferior a 1 ponto – Bolsonaro teria 44% e Haddad 39% dos votos totais. Dentro da margem de erro, que é de 2,2% para mais e para menos, a diferença entre ambos seria de apenas 0,6%, uma Piada do Ano praticamente imbatível.

Na mesma quinta-feira, sai o Datafolha e desmente o Ibope e o Vox Populi. Na apuração do Datafolha, Bolsonaro continua à frente em São Paulo, com folga, e a diferença no Brasil todo entre ele e Haddad ainda era de 18 milhões de votos.

Vejam como a imprensa tenta esculhambar a eleição.

EXEMPLO DO RIO – O mais estranho e escabroso comportamento da mídia tem ocorrido no Rio de Janeiro. Foi para a final um ex-juiz de Direito, com passado de fuzileiro naval, defensor público, um homem vitorioso e totalmente ficha limpa, chamado Wilson Witzel.

Está enfrentando Eduardo Paes,um político profissional ficha suja, condenado por unanimidade no TRE estadual, que está disputando sub judice, com base numa liminar monocrática do ministro substituto Jaime Mussi, do TSE.

Aliado de Lula e de Sérgio Cabral, Jorge Picciani, Paulo Mello e outros corruptos, deixou a prefeitura do Rio completamente falida. Tinha apenas 90 milhões de reais, mas não era dinheiro em caixa, tratava-se de um empréstimo do BNDES, que Paes contraiu para ser pago por seu substituto Marcelo Crivella.

Embora seja um dos maiores corruptos do país, Paes é poupado pela Organização Globo, que tenta denegrir Witzel de uma forma insana.

Da mesma forma, o grupo de mídia dos irmãos Marinho tudo faz para destruir Bolsonaro e trazer de volta ao poder a quadrilha capitaneada por Lula.

O motivo? Ora, todos sabem. No governo federal, Jair Bolsonaro vai diminuir o percentual de faturamento da Globo. Já no plano estadual, Eduardo Paes é um velho parceiro da Organização Globo, que faturou horrores com a Olimpíada e a Copa bancadas pelo “Nervosinho”, codinome de Paes na planilha da Odebrecht.

(Texto de Carlos Newton. Jornalista. Artigo publicado originalmente na Tribuna da Internet)

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