Caixa prossegue na política de restrição do acesso ao financiamento imobiliário

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Pela terceira vez no ano de 2015 a Caixa Econômica Federal  vai aumentar os juros para financiar a casa própria com recursos da poupança.

Segundo o banco, o motivo é o aumento das taxas básicas de juros (Selic, hoje a 14,25% ao ano).

Desde o começo do ano, a Caixa, que detém dois terços de todos os empréstimos para compra de imóveis do país, vem adotando várias medidas para restringir o acesso ao financiamento imobiliário.

A medida é válida apenas para novos contratos.

A nova alta passa a valer a partir de 1º de outubro. A taxa efetiva total para não clientes da Caixa passa de 9,45% ao ano para 9,90% ao ano, para compra de imóveis pelo Sistema Financeiro Habitacional (SFH).

As novas taxas para correntistas da Caixa e servidores públicos sobem de 8,80% a 9,30% para 9,30% a 9,80% ao ano. Os imóveis do SFH valem entre R$ 650 mil e R$ 750 mil, dependendo da cidade.

Já para o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), com imóveis acima de R$ 750 mil, a taxa para não clientes sobe de 11% para 11,50% ao ano, também em 1º de outubro, para imóveis residenciais.

Para correntistas e servidores, as faixas sobem de 10,20% a 10,70% para 10,50% a 11,20% anuais. Já imóveis comerciais enquadrados no SFI, o aumento será maior, com a taxa balcão subindo de 12% para 14% ao ano.

Segundo o banco, "mesmo após a alteração, [a Caixa] continua mantendo as melhores taxas de juros de financiamentos habitacionais no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação (SFH)".

Neste ano, o banco já elevou duas vezes os juros cobrados nos empréstimos pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), em janeiro e abril, além de reduzir, de 90% para 80% a cota máxima de financiamento do imóvel no Sistema de Amortização Constante (SAC) e de 80% para 50% o teto dos financiamentos para imóveis usados de até R$ 750 mil.

Os juros do programa Minha Casa Minha Vida serão mantidos, segundo a Caixa. Este mês, o governo anunciou que mudou as regras para financiar imóveis pelo programa. As principais mudanças são a criação de uma faixa intermediária de renda, entre R$ 1.800 e R$ 2.350, e o aumento dos juros cobrados para famílias que recebem a partir de R$ 2.350 por mês.

Desde agosto, a Caixa deixou de conceder novo crédito aos clientes que já possuam financiamento habitacional ativo contratados com recursos da poupança (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE). A restrição vale tanto para imóveis novos como usados. Na prática, o financiamento imobiliário ficou limitado a 1 contrato por cliente.

Pelas novas regras, os financiamentos com recursos da poupança tiveram uma redução do limite do valor total financiado de 80% para 50% do valor do imóvel no SFH, e de 70% para 40% para imóveis no SFI, pelo Sistema de Amortização Constante (SAC).

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da Redação Ler comentários e comentar