Bozo. Foi um, mas foi vários. Nos EUA e no Brasil. E onde esteve foi sucesso.
Não há menosprezo no ofício ingênuo de um palhaço. Antes disso, pode haver honra na alegria colorida. Pois melhor o colorido do que o monocromático tirano e autocrático do vermelho.
E chamar Bolsonaro de Bozo, antes de ser uma ofensa humilhante, pode ser um grande elogio. Houve uma inversão. A nação feita de boba da corte, cansou do papel. Não quer mais ser roubada, iludida, enganada por uma quadrilha de farsantes.
E ante o iminente risco de ver o circo pegar fogo, resolveu agir.
Há uma arrogância soberba e uma empáfia enrustida na tentativa de estereotipar Bolsonaro de Bozo.
E, tal qual o personagem, o homem tido por “arlequim” se tornou um retumbante sucesso. Um mito.
Tal qual o artista que fazia do seu ofício de entreter uma forma de entrega, usando a arte; Bolsonaro agradou o eleitor.
Pois é! Enquanto um outro ex-líder veste o pijama listrado de presidiário ladrão, sem que essa roupa seja uma fantasia, o “Bozonaro” será carregado no colo para vestir a faixa de Presidente da República.
E o palhaço, quem é?
Luiz Carlos Nemetz
Advogado membro do Conselho Gestor da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes, professor, autor de obras na área do direito e literárias e conferencista. @LCNemetz