Que tiro foi esse?

04/10/2018 às 08:58 Ler na área do assinante

Mulheres foram para as ruas, sob o manto da cor lilás, que é o pigmento da mortalha e das vestes da quaresma, no mundo cristão. Uma cor triste. A cor da derrota.

A convocação veio de um Partido Político. O PSol.

Nem todas as mulheres e outros gêneros que foram marcar posições, sabiam dessa manipulação partidarizada. Estavam lá, mulheres, muitas mulheres. De todas as matizes e colorações, formando um lindo arco íris. Devem ser respeitadas. Mas não necessariamente seguidas ou ouvidas, pois tem todo o direito a voz, mas não são as donas da primazia da verdade.

Algumas delas foram nuas, outras pintadas para a guerra, umas poucas fizeram piruetas quebrando símbolos religiosos ou cobrindo o púbis e os seios com crucifixos. Um tanto quanto agressivas para marcar território, urinando e (perdoem a expressão chula) literalmente "cagando e andando" defronte ao público e dentro de igrejas.

Foi uma massa representativa de um “feminismo” que ao invés de conquistar, chocou. E chocou a quem? A milhões de outras mulheres que ficaram em suas casas, ou nos seus locais de trabalho, ou vivendo o conforto de um domingo em família. E as que não foram, e que ficaram, também são mulheres.

E àquelas que ficaram formam uma estrondosa maioria, que não se sentiu representada pelo radicalismo beirando a anarquia.

Essa, a maioria, também tem voz e vez.

São donas de casa, trabalhadoras, empresárias, profissionais liberais, desempregadas, estudantes, avós, mães e “pais” de família de todas as idades e classes sociais. Que não precisam pintar a bunda de vermelho para se fazerem notar.

Elas também pensam. Elas também refletem. Elas também decidem.

Vestidas de verde e amarelo decidiram dizer, com a mais legítima manifestação da sua vontade expressa no voto, que o colorido lilás específico da passeata das revoltadas, não lhes representou.

E no silêncio da sabedoria, estão se mostrando publicamente, agora, com o aumento consistente da adesão feminina à candidatura Bolsonaro.

Então, o #elenão, acabou despertando o #elesim! Com o perdão do trocadilho, próprio destes tempos, o tiro daquelas, saiu-lhes literalmente, pela culatra.

Respeitosamente, é claro...

Luiz Carlos Nemetz

Advogado membro do Conselho Gestor da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes, professor, autor de obras na área do direito e literárias e conferencista. @LCNemetz

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