Falta pouco para tempestade

03/10/2018 às 20:51 Ler na área do assinante

Falta pouco, na verdade falta muito pouco. Ontem me disseram que o Brasil decide, no próximo domingo, o seu futuro – não acho que o Brasil vai “decidir seu futuro”; acho que o Brasil vai criar um futuro! Sim, vai criar, sim: nós não temos mais futuro.

O Brasil inteiro está parado, algemado, amordaçado. Há no ar aquele mormaço que precede a tempestade. É um dia, é uma semana sem vento, sem paz e sem tranquilidade.

Milhões de brasileiros estão se unindo pelas redes sociais e nas ruas, milhões desprezam o noticiário de uma Organização Criminosa como a Rede Globo e as pesquisas compradas do IBOPE, Data Folha e outros capachos do lulopetismo.

Acuada, a grande imprensa comunista já percebeu que “pega mal” não levantar a hipótese de Jair Bolsonaro vencer no primeiro turno. Desesperado, o cangaceiro cearense sugere que médicos do Hospital Albert Einstein forneceram um “atestado falso” para que Bolsonaro falte ao debate da Globo – deveria ser processado imediatamente pelo Departamento Jurídico do Hospital!

Em Curitiba, o Presidiário manda seus advogados pedirem, mais uma vez ao Ministro do STF que manteve os direitos de Dilma, que seja permitido a ele dar uma “entrevista” antes da eleição de domingo. BOVESPA operando em alta e dólar caindo – tudo é expectativa de uma Nova Ordem. Na verdade é a expectativa de ALGUMA Ordem na espelunca em que se transformou o Brasil.

Imbecis de todos os tipos, juristas, cientistas políticos, jornalistas, todos eles integrantes da “isentosfera”, dizem que são duas forças antidemocráticas em antagonismo na disputa pelo poder e lembram que tanto Haddad quanto Mourão vem falando em uma “nova Constituinte”.

Os isentões, na sua surpresa ensaiada, escrevem páginas e mais páginas em “defesa da Constituição e da separação Republicana dos Poderes” como se elas estivessem em plena força e vigor.

Nesse meio tempo, a população, o povo comum, sonha com o fim dos assassinatos, com o fim do assédio moral e da perseguição dos funcionários públicos...ela anseia por mais hospitais, por um Brasil em que os médicos possam SALVAR vidas e os policiais possam MATAR assassinos, estupradores e traficantes. Os pais querem seus filhos nas escolas e as crianças, coitadinhas, sonham com uma infância sem crack, funk e putaria…

Até domingo o Brasil vai continuar parecido com aquelas cidadezinhas do interior de Minas Gerais...noite quente e ruas quietas...um clima onírico tomando conta de tudo.

Só se escuta algum barulho, gritos, palavrões e risadas de mulheres e travestis dentro de uma “casinha da luz vermelha” - é o nosso STF brigando por causa da entrevista do presidiário de Curitiba..

Pelas ruas desertas um bêbado segue tropeçando e falando sozinho - é o Governo do MDB. Relâmpagos começam a cruzar o céu – é a tempestade de domingo que está chegando…falta pouco…

Milton Pires

Médico cardiologista em Porto Alegre

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