Se eleito, seria Bolsonaro a realização do sonho-visão de Dom Bosco em 1883?
03/10/2018 às 11:31 Ler na área do assinanteSão famosos, respeitados, reverenciados e confirmados os sonhos-proféticos de Dom Bosco (São João Bosco, 15.8.1815 - 31.1.1888).
O santo foi o maior vidente do Século XIX, numa Itália dividida em reinos, em que os monarcas só queriam saber o que Dom Bosco sonhou sobre eles se o sonho fosse bom.
Dom Bosco dedicou toda a sua vida aos meninos de rua ("birichinis") que aos bandos roubavam, assaltavam e matavam. A começar por Bartolomeu Garelli, Dom Bosco os reuniu, todos. E fez deles homens de bem. Eis a origem da Congregação Salesiana.
Embora com pouco mais de um século de existência - nova, portanto - os salesianos são hoje a terceira maior congregação do mundo.
Mas não é a respeito da obra de Dom Bosco que vamos falar aqui, mas sobre o seu poder transcendental e metafísico de vidência e precisamente sobre Dom Bosco e o Brasil.
Vidência pura, inata, não induzida e jamais desenvolvida, delirante ou palpiteira. Um dom. Ou uma dor. Dor que Dom Bosco incontáveis vezes sentiu ao prever acontecimentos funestos que o passar do tempo confirmou.
Filmes e muitas biografias foram escritas sobre a vida de Dom Bosco. "Memoire Biografiche" foi o próprio santo que escreveu. Páginas e mais páginas estão reunidas em muitos volumes, todas manuscritas, e tornadas públicas em 1935 na cidade de Turim (Torino), onde se encontram expostos os mais de 20 volumes.
No livro escrito por Terésio Bosco ("Dom Bosco", Uma Nova Biografia"), o autor revela sonhos proféticos muito mais detalhados do que no festejado "Os Sonhos de Dom Bosco", escrito pelo assistente do próprio santo, o padre Lemoyne.
Dom Bosco é co-padroeiro de Brasília. Ao saber do sonho profético sobre a nova capital, o então presidente Jânio Quadros (ex-aluno salesiano) enviou mensagem ao Vaticano pedindo autorização para ter o santo como padroeiro de Brasília. No entanto, Roma autorizou fosse Dom Bosco co-padroeiro, pois o Vaticano já havia assinado decreto indicando Nossa Senhora Aparecida padroeira da nova capital. E assim foi e assim é. Lá está monumental e majestática Ermida Dom Bosco, projetada por Oscar Niemeyer. Mas parece que os presidentes da República, à exceção de Jânio Quadros, não vão lá orar, agradecer e reverenciar Dom Bosco. Talvez por falta de fé, por arrogância do poder que estão investidos, por materialismo, por vergonha mesmo....
Mas o que tem a ver a eventual eleição de Bolsonaro como possível sinal da confirmação do sonho-profético de Dom Bosco?
Vamos explicar: No dia 4 de Setembro de 1883, ao presidir a Assembleia Geral da Congregação Salesiana, Dom Bosco contou aos presentes o sonho-visão que teve um mês antes (Agosto). A narrativa é longa. Dom Bosco fazia uma viagem pela América do Sul. E o santo contou, textualmente:
"Entre os graus 15 e 20, aí havia uma enseada larga, que partia de um ponto onde se formava um lago. Nesse momento ouvi uma voz, que dizia repetidamente: quando se vierem a escavar as minas escondidas em meio a estes montes, aparecerá aqui a terra prometida, onde verterá leite e mel. Será uma riqueza inconcebível".
E Dom Bosco indagou à voz quando isto aconteceria. A resposta foi imediata:
"Isto acontecerá antes que passe a segunda geração. A presente geração não conta. Será uma outra, depois outra. Cada geração corresponde 60 anos".
Vamos às contas. A primeira geração de 60 anos que não conta começou, então, em 1883 (ano do sonho-visão) e terminou em 1943. As duas outras gerações que contam, uma teve início em 1943 e término em 2003 e a outra (e última) início em 2003 e vai terminar em 2063.
Portanto, em 2018/2019 estamos seguramente no prazo da última geração prevista para que "da enseada larga, entre os graus 15 e 20, que partia de um ponto onde se formava um lago...vertessem leite e mel". Ou seja, fartura, riqueza, progresso, ordem, respeito, felicidade.... Paz, enfim. Tudo o que a Brasília sonhada por Dom Bosco não produziu desde sua fundação, em 21 de Abril de 1960.
A confirmação - e nunca coincidência - é que Brasília está exatamente localizada entre os paralelos 15º e 20º da Carta Geográfica. É certo, portanto, que Dom Bosco anteviu Brasília com precisão. A inconsistência, se assim podemos e seja certo dizer, é que Brasília jamais produziu as farturas e riquezas que significam a locução "leite e mel", e sim, golpes, corrupção, negociatas, péssimos exemplos a gerar violência e desordem no seio social do povo brasileiro. Isso e muito mais, desgraçadamente. Mas ainda estamos no prazo da última geração de 60 anos para que Brasília seja tal e qual a visão sonhada por Dom Bosco.
A cada eleição e até o esgotamento do prazo, em 2063, há esperança. Há segurança de que a visão profética vai se confirmar. Quem sabe se as "minas escondidas" não começarão a ser escavadas agora, a partir de 1º de Janeiro de 2019" e Brasília venha mesmo se tornar a "terra prometida, de riqueza inconcebível, de onde verterão leite e mel"?
Seja qual for o candidato eleito, dele o povo espera que conheça o sonho de Dom Bosco e o concretize para todo e sempre.
E se o eleito for mesmo o candidato Bolsonaro, há um indicativo bastante animador e marcado por esperança. Dom Bosco ou São João Bosco chamava-se João Melchior Bosco. E o Bolsonaro, além de messias, tem no nome as mesmas iniciais do santo: Jair Messias Bolsonaro (JMB)!!!
Jorge Béja
Advogado no Rio de Janeiro e especialista em Responsabilidade Civil, Pública e Privada (UFRJ e Universidade de Paris, Sorbonne). Membro Efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB)