Quatro artefatos disputam o primeiro lugar para ser “o mais sujo do Brasil” (e talvez do mundo): celular, controle remoto, solas de sapatos e cédulas de dinheiro. Com certeza armazenam centenas de vírus infecciosos que em contato com partes mais sensíveis de nosso corpo, certamente nos trarão sérias complicações de saúde.
Depois destes, seguem embolados: escovas de dentes, maçanetas de portas de prédios comerciais, painéis de elevadores de shoppings e outros menos votados.
De uma forma ou de outra, a população vai tentando efetuar a higienização paliativa adequada para criar barreiras que evitem perigosas infecções em nossos organismos.
Claro que não vamos finalizar este resumo de domínio público sem citar os “hors concours” deste adverso universo que nos envolve: os políticos brasileiros.
Desde alguns Vereadores do interior de um falido Estado do Norte (como queimadura de 1º grau, pois atinge um município), passando por diversos Deputados estaduais (2º grau, pois atinge vários lugarejos), até dezenas de Deputados Federais, Senadores, Ministros, Presidentes e alguns Magistrados que servem de “conselheiros” para que a turma aqui evidenciada (3º grau, pois atinge TODA a nação) se arvore de baluarte da Democracia.
A herança que colhemos pela nossa histórica acomodação, sem dúvida alguma se transformará em uma doença infecciosa que tornará doentia a existência de nossos sucessores transformados em dóceis pagadores de mordomias da elite dominante que nos conduz ao fundo do abismo da dignidade humana.
A vacina existe: Educação, cultura e conhecimento. Única forma de eliminarmos a “montanha de lixo” que cobre nosso território.
Mas as doses fornecidas são “batizadas” para manter o povão agradecido pelas “migalhas” (restos) oferecidas pelos administradores do caos.
Haroldo Barboza
Matemático. Profissional de TI, autor do livro Brinque e Cresça Feliz.