“Nazismo” e “Fascismo” no Brasil de Bolsonaro – Resposta às mentiras da Esquerda e dos Liberais
15/09/2018 às 15:20 Ler na área do assinanteDaqui a 100 anos ainda será lembrado, na História do Brasil, o papel ridículo, a conduta patética de determinados historiadores, formadores de opinião e jornalistas que insistem em afirmar que Bolsonaro e seus eleitores são “nazistas” ou “fascistas”, ou que possa haver “elementos de fascismo” no seu discurso e na sua visão de Poder.
O que segue não é uma súmula, um resumo dirigido àqueles que, como eu, vão votar em Jair Bolsonaro e muito menos às formas de vida acéfalas que seguem dizendo que “Lula é inocente” e pretendem ver Márcia Tiburi como “governadora do RJ”.
Escrevo para gente como a própria Márcia Tiburi, Marco Antônio Villa, Reinaldo Azevedo e tantos outros que sabem perfeitamente bem o que foram as experiências nazistas e fascistas no século XX e, por isso mesmo, são infinitamente mais culpados do que qualquer “criança” de 18 ou 19 anos de idade que está dentro de alguma Faculdade Federal de “Humanas” aqui no Brasil.
Sabendo o significado de “Regime Totalitário”, tendo consciência do que foram os regimes totalitários do século XX, a ralé de desinformados que domina a grande imprensa brasileira ofende, banaliza, desmerece a memória dos MILHÕES de seres humanos que foram massacrados pelos regimes comunista, nazista e fascista.
O nazismo e o fascismo são experiências que, junto com o regime de Stalin na União Soviética, correspondem ao Totalitarismo.
A noção de Totalitarismo NASCE, ela só é possível, em virtude da Revolução de 1917. Afirmo, mais uma vez e se Deus quiser pela última, que JAMAIS existiriam o nazismo e o fascismo se Lênin não houvesse chegado ao Poder total na Rússia.
O comunismo é, na sua etapa final, a abolição completa do Estado (e da vida política) a favor da massa disforme dos indivíduos controlada pelo Partido. O nazismo e o fascismo são, desde o início, a abolição total de cada indivíduo (e da vida política) a favor da totalidade do Estado. Num modelo todos os indivíduos se fundem numa massa em benefício de um Partido que se disfarça como “Estado”; no outro cada indivíduo é anulado, abolido como pessoa, em favor de um só Estado “Perfeito”.
Na experiência objetiva do mundo, a dimensão comum a todos os Totalitarismos, é uma razão, uma capacidade de julgar, incapaz de atribuir à realidade uma ordem diferente do universo material. A ordem material é, pois, imanente ao Estado Totalitário.
Não há, no Totalitarismo, nenhum ordenamento transcendental que contemple a felicidade em “outro mundo”. Tudo, na Alemanha e na Itália, está dentro do Estado. Tudo na União Soviética está dentro do Partido Comunista. Na Alemanha e na Itália o Estado é o Paraíso, na União Soviética o Estado deve desaparecer para que o Partido construa o Paraíso na Terra.
“Ah, perguntam alguns, mas o Nazismo e o Fascismo são de direita ou de Esquerda??” Nazismo e Fascismo só se tornaram possíveis por causa da Esquerda mas vieram a se constituir, no fim, em algo que supera as ideias de “direita” e de “esquerda” - não há mais “direita” nem “esquerda” no universo totalitário.
A experiência totalitária é específica do século XX e, com exceção da Coréia do Norte, não há nada no século XXI que possa ser considerado próximo ao que aconteceu na Itália de Mussolini, na Alemanha de Hitler e na Rússia de Stalin.
A unidade conceitual, o marco referencial do Totalitarismo, é a definição de uma classe, raça ou modelo institucional que atentem contra própria noção e a “perfeição” do Estado Totalitário no mundo material.
Lênin elege a classe dos burgueses, Hitler fala nos “não arianos” e Mussolini nos “inimigos do Estado Fascista”.
O cidadão, no Estado Totalitário, desaparece. Ele se dilui numa experiência coletiva que gera aquilo que Hannah Arendt chama de sensação de ABANDONO. O indivíduo está sozinho, ele não tem mais família, parentes, amigos ou colegas. A relação do indivíduo com o Estado é dominada pelo Terror. O Terror, em Filosofia Política, tem três características que eu já escrevi antes. São elas – a violência, a burocracia e a desinformação.
O Brasil JAMAIS viveu num Regime de Terror. As pessoas no Brasil não têm, sequer, ideia do que é isso. Não adianta a Esquerda dizer que o Regime Militar “foi um regime de terror”: isso é mentira e é mentira também a direita afirmar que a Venezuela, atualmente, está num Regime de Terror. Estas afirmações não sobrevivem a uma análise mínima.
Não existe, jamais existiu, qualquer evidência capaz de sustentar que Jair Bolsonaro e seus eleitores são “nazistas” ou “fascistas” . A esquerda, desesperada pela ameaça contra o Foro de São Paulo, sente-se ameaçada pelo patriotismo, pelo nacionalismo, capaz de excluir o Brasil da Revolução Bolivariana na América Latina e usa desse nacionalismo para afirmar que somos “fascistas” - é mentira e eles mesmos sabem disso.
Ser fascista não é (só) ser nacionalista: é sustentar a ideia de um Estado Corporativo em que nada pode estar “fora ou contra ele” (como definiu Mussolini). É ainda, do ponto de vista filosófico, sustentar uma loucura conhecida como “Teoria Geral do Espírito como Ato Puro”, do filósofo italiano Giovanni Gentile (1875-1944), que eu não vou perder tempo explicando aqui.
Jamais existiria fascismo sem comunismo. Benito Mussolini foi, antes da Marcha Sobre Roma e da chegada do Estado Fascista, editor do jornal socialista “O Futuro do Trabalhador,”
O Nazismo é um filhote do fascismo: Hitler era admirador fanático de Mussolini e adaptou a noção de “raça pura” e “ódio aos judeus” como justificativa para seu Estado Total. O antissemitismo não foi invenção de Hitler. Ele já imperava na Rússia Europeia e na França há muito tempo. As primeiras experiências com gás, usado para matar judeus, foram feitas por Stálin; não por Hitler.
Vimos, nos parágrafos acima, que a Esquerda, essa esquerda que faz cocô pelas ruas, que quer Lula livre e leva crianças para tocarem homem nus em museus, vê no NACIONALISMO a ligação de Bolsonaro e seus eleitores com o Fascismo. E os liberais? E estes que, como Marco Antônio Villa, Reinaldo Azevedo e tantos outros, dizem que detestam os petistas?
Estes nos atacam como proto nazistas ou fascistas em virtude do Conservadorismo e da perspectiva CULTURAL do projeto de Poder de Jair Bolsonaro. Mais uma vez, erram de maneira patética!
Nazismo e Fascismo foram tudo, menos conservadores do ponto de vista da Cultura. Hitler falava abertamente numa “revolução”, numa revolução capaz de acabar com o caráter “pacífico” (segundo ele) do povo alemão que “precisava de espaço”, que aturava demais a presença das “raças inferiores dentro da Alemanha”. Ele assinava uma revista de ocultismo e reunia-se, no início de carreira, com os veteranos da Primeira Guerra Mundial que se sentiam traídos pelos “judeus do Governo”. A relação de Hitler com a Igreja Católica, a despeito das tentativas de Franz von Papen, foi tudo menos “pacífica”, e se não houve conflito total foi porque a Igreja cedeu; não Adolf Hitler.
Mussolini, ainda que no comando de um país latino, de uma nação que teve origem no Império Romano e é a sede do Vaticano, não fez do Fascismo uma experiência “conservadora” em termos culturais. Fosse ele um dos vencedores da Segunda Guerra Mundial, o Fascismo teria evoluído com características de uma Religião Civil. O Estado Fascista, embora não fosse contra a religião, era, sim, contra qualquer espécie de poder secular da Igreja ou ingerência da mesma em assuntos políticos.
Tudo o que se pode chamar de “Conservadorismo”, característica encontrada, por exemplo, na loucura do Ditador Militar Francisco Franco que perseguia maçons com a “benção da Igreja Católica Espanhola”, não existia no mesmo nível em Mussolini e Hitler.
O Fascismo e o Nazismo, filhos de 1917, vieram (também) como revoluções culturais. Uma Revolução Cultural que modificaria, que destruiria, nos anos anteriores à Segunda Guerra, toda perspectiva de senso comum, toda ética protestante e o empreendedorismo da Alemanha e a noção de família e caridade católica da Itália.
Jair Bolsonaro e seus eleitores não são revolucionários e os “liberais” brasileiros, a exemplo da extrema esquerda, erram quando querem fazer ligações deles com o nazismo ou fascismo.
Bolsonaro não vai se eleger fazendo a apologia de uma “raça superior” nem de um modelo de Estado que pretenda ser um império como foi o romano. Bolsonaro não vai invadir o Uruguai como Mussolini fez com a Etiópia! Não há “bolsonaristas” de camisas pretas espancando comunistas nem veteranos de uma guerra anterior travada pelo Brasil acusando uma “raça” de os ter “traído” e “destruído o Brasil' como fez Adolf Hitler com a Alemanha.
Com relação ao ódio contra uma determinada classe social (característica do universo stalinista) nós bem sabemos quem é o seu representante no nosso país.
Jair Bolsonaro vai se eleger, querendo ou não, em nome de milhões de brasileiros que querem uma contra-revolução cultural capaz de reconstruir a sociedade e a cultura de um país devastado pelo PT.
Bolsonaro pode assumir, chamar o Exército e fechar o Congresso? Pode, sim! Sem dúvida! Pode agir como Francisco Franco, Pinochet ou Médici, mas NEM isso faz dele um nazista ou um fascista. Ser um Ditador Militar, para desespero da esquerda e dos liberalóides do Brasil, não é, nem de longe, a mesma coisa que construir um Estado Totalitário.
Uma Ditadura é um regime de violência que reprime qualquer força democrática que lute por um país diferente. Num Regime Totalitário não há luta por um país diferente - ninguém mais tem esperança que possa existir algo diferente daquilo em que vive.
Milton Pires
Médico cardiologista em Porto Alegre