
General opina sobre a posição dos militares diante da eventualidade de um condenado por corrupção ser eleito presidente
06/09/2018 às 10:32 Ler na área do assinante
Para o general de reserva Augusto Heleno, ex-comandante militar do Exército na Amazônia, que quando ainda na ativa foi precursor do confronto de militares ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - o general em 2008 contestou a política indigenista do governo Lula, que qualificou de "lamentável para não dizer caótica", durante palestra no Clube Militar, no Rio de Janeiro, à época da demarcação da terra indígena de Raposa/Serra do Sol. Ele afirmou que os índios "gravitam no entorno dos nossos pelotões porque estão completamente abandonados" - hoje vê a realidade bem diferente daquela em que Lula governou entre 2003 e 2010.
Nesta quinta-feira (6), diante do atual quadro jurídico e político, ele insinuou que os militares não aceitariam ser comandados por um presidiário condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
A posição de Augusto Heleno foi consignada em um texto enviado a jornalistas. Veja a íntegra:
“Nas Escolas frequentadas por Oficiais e Graduados das Forças Armadas Brasileiras, não colar é um dos preceitos do código de honra dos alunos. Na maioria delas, as provas são feitas sem fiscalização e os próprios alunos zelam pelo cumprimento desse postulado. Uso de meios ilícitos resulta em desligamento da escola e, portanto, fim de carreira. Será que esses mesmos militares aceitariam, passivamente, a subordinação a um Comandante Supremo, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro? Respostas para a redação. Gen. Heleno”
Na sequência, questionado, o general disse que 'acha que os militares não aceitariam'.
Seria a plena desmoralização para as Forças Armadas.