O Rio é um Estado que está gravemente doente, eu diria em estado terminal, tomado pelo poder paralelo da criminalidade.
O Rio vem perdendo turismo, investimentos privados e já deixou de ser um lugar atraente para viver, apesar das suas belezas naturais. Tudo isso graças a uma sequência de governos pilantras, que sempre fizeram acordos com os grupos criminosos , na base do "você me ajuda, me financia e não incomoda, que eu não mexo com você". E assim o grande Godizila da violência foi sendo criado
Se um empresário manda ou recebe uma carga, há uma chance muito grande de ser interceptada por bandidos e roubada. Depois a carga é vendida livremente nas ruas, trens e ônibus com aquela desculpa de "o caminhão tombou". Acreditem ou não, os receptadores que vendem essas cargas roubadas são chamados de "pobres trabalhadores". É uma inversão de valores que chega a dar nojo.
Se você parar num semáforo à noite, o risco de ficar à pé ou até de perder a vida é bastante grande. Se um turista vai à praia, a chance dele ser roubado é enorme. Aqui motoristas de táxi e aplicativos passam por sufocos todos os dias. Há lugares que simplesmente não se pode sequer chegar perto.
Os presídios aqui já viraram quartéis-generais do crime. De dentro da cadeia os chefes das quadrilhas (os que estão presos e não foram soltos por canetadas questionáveis) mandam e desmandam, além de comandarem as ações fora da cadeia. Comem, bebem, dormem, têm celulares e outras regalias e... Ah, bobagem! E a gente fica preso dentro de casa sem poder colocar os pés na rua, ou no mínimo fazemos uma aventura diária de levar um filho na escola.
E quando a polícia age, a mídia maldita, composta por lunáticos esquerdopatas, começa a vitimizar os bandidos, tadinhos, colocando-os como meros "suspeitos" e julgando a polícia como "criminosa, violenta e excessiva". Mas bandido aqui não usa zarabatana e nem estilingue! As armas deles são mais poderosas e mais sofisticadas que as da polícia!
No bojo dessa imprensa tendenciosa e mau caráter vem outra praga que assola o Rio de Janeiro, que é a tal da OAB e a canalhada dos "direitos humanos" (ou seria direitos dos manos?"). Seus representantes parecem carpideiras contratadas para chorar nos enterros dos bandidos, e quando os mortos são os policiais ou mesmo pessoas inocentes, fazem cara de paisagem e simplesmente somem. Mas nenhum jornalista ou defensor dos Direitos Humanos adota um bandido, leva pra casa e bota o lindinho pra dormir na caminha com a sua mulher ou com a sua filha, não é? É porque no dos outros, suco de pimenta baiana é refresco.
As eleições vêm aí. A população do Rio aprendeu alguma coisa nesses últimos anos? Não. Ao contrário, emburreceu de vez. Segundo as pesquisas, o tal ex-jogador de futebol, baixinho, arrogante e oportunista é o que tem mais intenções de votos. Não importa o quanto a massa ignara e alienada sofra e tenha sofrido por décadas. Basta um ex-jogador de futebol dar um abraço e chamá-la de "peixe", que ela se derrete e transforma o voto numa arma apontada para a própria cabeça, quiçá para a cabeça dos seus filhos. Aqui no Rio quem pensa não tem vez e o que manda é o voto do ignorante.
E antes de que alguém fale alguma coisa, sou carioca e amo meu Estado e a minha cidade do Rio de Janeiro, mas me envergonho profundamente desse povo ignóbil e insensato que elegeu e reelegeu Cabral, Picciani, Pezão e outros tantos que fizeram um verdadeiro assalto e assassinaram a nossa dignidade. Nunca uma parcela do povo – a maior, por sinal - foi tão bem representada, pelo menos em caráter.
O candidato com maiores chances de ganhar vai dar o quê pra esse povo agora, uma camisa de futebol?
Marcelo Rates Quaranta
Articulista