O PT debocha do TSE e consegue tumultuar o processo eleitoral

04/09/2018 às 06:21 Ler na área do assinante

Para o PT, e o staff da candidatura presidencial de Lula, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de 31 de agosto, indeferindo a sua candidatura, e ordenando a exclusão das suas propagandas do horário eleitoral gratuito, valeu o mesmo que “nada”.

Para os eleitores que eventualmente não souberem do indeferimento do registro pelo TSE, e acompanharem a propaganda eleitoral no rádio e na televisão, devido aos subterfúgios e malabarismos “eleitorais” empregados (maliciosamente), Lula ainda seria o candidato à Presidente da República, pelo Partido dos Trabalhadores.

Seria excepcionalmente tolerável uma situação dessas no máximo até o dia seguinte da decisão, em vista da necessidade de reprogramação do horário eleitoral, mas jamais nos 3 ou 4 dias seguintes, como está ocorrendo.

Certamente, as emissoras de rádio e televisão não têm qualquer controle sobre o conteúdo da programação eleitoral. Tudo é “centralizado”. Como pode, então, o TSE ficar completamente alienado do que está se passando, com o PT descumprindo descaradamente a sua decisão?

Cito como exemplo desse descumprimento o espaço do PT apresentado nas emissoras de TV de Porto Alegre, ontem (3), no horário das 21 horas. A propaganda deveria ser para o candidato do PT a Governador do Estado (Miguel Rossetto), mas a “borboleta” que mais apareceu na “vitrine” foi Lula, como candidato presidencial do PT.

Parece então que o objetivo central do PT seria causar uma tremenda confusão, tumultuando a eleição que se avizinha, numa atitude completamente desrespeitosa em relação ao órgão maior da Justiça Eleitoral, o TSE, que está sendo desobedecido, como se fosse um “bosta” qualquer.

Tudo indica, portanto, que na questão eleitoral o PT julga que pode fazer o que bem entende, sem qualquer limite, que a “lei” seria ele próprio, e que o TSE se constituiria num órgão “inferior”, submetido aos seus interesses políticos e “ideológicos” maiores.

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado, sociólogo,  pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).

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