Caro Ministro:
Não sou advogado, mas não sou idiota.
O senhor, no seu voto memorável e desprezível, não só a mim me qualificou como um idiota, mas a todo o povo brasileiro.
Afinal, o motivo para barrar a candidatura de um criminoso condenado, com fartas provas, ao contrário do que dizem os fanáticos seguidores desse malandro, é um artigo de uma Lei, de origem popular, votada pelos representantes do povo, por unanimidade e, suprema ironia, promulgada por esse mesmo hoje prisioneiro.
Com suas firulas e linguagem empolada, com emaranhado de citações, o senhor revogou a soberania nacional, a soberania do povo brasileiro e nos submeteu à recomendação, isso, a uma recomendação e não uma decisão, de um comitê, que o senhor mesmo (e eles também) reconhecem que não tem caráter jurídico, não investigam, não produzem provas, não interrogam e não dão direito ao contraditório.
O senhor, com esse voto vergonhoso, rasgou a bandeira brasileira e proclamou a nossa servidão, à feitores que nem mesmo no solo pátrio estão.
Fomos enlameados na nossa honra e dignidade.
Independente do resultado, o seu voto manchou indelevelmente e vergonhosamente a sua biografia.
Um minuto de silêncio pela morte da Nação brasileira.
Fayez Feiz José Rizk
Arquiteto em Campo Grande-MS.