Bolsonaro é uma “Ameaça”, Sim!

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Ontem, durante o Jornal Nacional, o Brasil assistiu a Rede Globo levando a segunda surra de Jair Bolsonaro – a primeira, todos lembram, foi aquela da Globo News.

Confesso a todos vocês que eu esperava o contrário. Pensava que o “massacrado” seria o próprio Bolsonaro e isso não aconteceu.

Não aconteceu, eu já escrevi nas Redes Sociais, porque uma pessoa bem intencionada e dizendo a verdade não precisa do dinheiro, do poder e nem mesmo da inteligência de um bandido que mente sendo pago por seus amigos dentro do Governo.

O efeito devastador, a repercussão toda da entrevista de Bolsonaro entre os que são e não são seus eleitores, resulta de um fato muito simples – o Brasil está há tempos, há muito, muito tempo, desacostumado a ouvir a verdade.

O país da mentira entra em choque quando a verdade aparece em público e ela não precisa ser de conteúdo técnico, religioso ou filosófico. A verdade é, dizia Kant, a concordância da razão com seu objeto. Eu acrescento que ela é simples e autoevidente para todo espírito, por menos inteligente que seja, quem a busca com o coração puro.

William Bonner e Renata Vasconcelos levaram uma surra “histórica” porque, no Brasil, cada vez que a verdade aparece ela é histórica – não por ser necessariamente uma surra; mas por ser verdade.

De tudo que vimos ontem, de toda hipocrisia com relação ao kit gay que só pode ser mostrado às crianças nas escolas e não no Jornal Nacional, do feminismo encomendado de Renata que pensa que todo presidente da República tem que ser um ativista de alguma causa da esquerda, eu escolho para abordar neste pequeno texto a reação de William Bonner que repetiu várias vezes para Jair Bolsonaro: “não estamos em 1964, estamos em 2018” (na verdade ele primeiro falou em 2021, mas se corrigiu).

Essa parte me interessa (e muito): quer dizer que agora “não estamos em 1964?” Aparentemente, antes desta surra ao vivo no JN, nós estávamos!

Nós estamos, digo eu, “presos em 1964” (pela Globo, pela Universidade, pela Igreja) desde 1985 porque a hegemonia, o direito de dizer aos brasileiros, de colocar nos livros a versão daquilo que aconteceu, foi sempre dos comunistas e vem, desde antes deles chegarem ao Governo, recebendo todo apoio da Rede Globo de Televisão.

Bolsonaro é uma ameaça, sim, não à “Democracia” como foi escrito hoje no criminoso editorial do Estadão, mas à versão, à ideia de “Democracia”, da Rede Globo, do Estadão, da Folha de SP, da Zero Hora…de toda esta Universidade imunda controlada por petistas e do “Sindicato de Padres” que se tornou a Igreja Católica no Brasil.

Não existe, até onde sei, nenhum grande jornal ou veículo de comunicação que, acuado, desmascarado nas suas investidas contra família, as crianças e a religião, não busque desesperadamente apoiar-se no medo de que o movimento cívico militar que tomou o Brasil nos primeiros meses 1964 se repita.

Para manter o medo vivo é a versão comunista dos fatos que precisa estar íntegra e aí vem um grande problema: se é verdade que não existe um “fim da História”, como dizia o Francis Fukuyama, existe (aí digo eu) o “fim" da hegemonia, do direito de ser a única versão da História!

Ontem a Rede Globo, essa organização criminosa que todos os dias entra na casa das pessoas fazendo apologia ao uso de drogas, ao homossexualismo, ao ateísmo e à pedofilia, a uma igualdade que é sempre injusta e covarde porque injusta é a igualdade entre os desiguais, entendeu que seu discurso sobre o passado (o discurso da Revolução Cultural Comunista) está sendo gravemente ameaçado.

Os brasileiros querem todos, votando ou não em Jair Bolsonaro, construir um futuro diferente para o Brasil. Antes disso vão ter que aprender a verdade sobre sua própria História. Ontem foi uma espécie de pontapé inicial.

Porto Alegre, 29 de agosto de “1964”, sim! (não é erro deste articulista)

Foto de Milton Pires

Milton Pires

Médico cardiologista em Porto Alegre

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