Engana-se quem pensa que o afastamento de Lula da competição presidencial seria “favas contadas”.
Faltando menos de dois meses para a eleição presidencial, os golpistas pró-Lula, ou alternativamente de outra “chapa” qualquer de esquerda, alguns “togados” dos Tribunais Superiores - todos com cadeira cativa no “Mecanismo” - com certeza já prepararam um golpe “jurisdicional”, dividido em etapas, que serão detonadas exatamente no momento em que não houver mais qualquer chance, ou tempo, de reverter a situação criada. Esse é o projeto “diabólico” a ser enfrentado.
Os “prazos” judiciais certamente estão sendo considerados nesse “golpe”, que antes de ser CONTRA a chapa Bolsonaro/Mourão, será a FAVOR de Lula, seu eventual “poste”, ou qualquer outra candidatura de esquerda com alguma chance de vitória.
Lula corre sozinho “por fora”, mas é o que tem a preferência do “Mecanismo”. Parece que o simples fato de Lula participar nos horários de propaganda gratuita da Justiça Eleitoral, até que julgadas as impugnações à sua candidatura no TSE, já estaria indicando a irreversibilidade da sua candidatura. Daí em diante a “coisa” seria fácil. Bastaria a Justiça Eleitoral programar os seus computadores para que a “totalização” dos votos apurados correspondesse aos resultados das pesquisas falsificadas do IBOPE e DATAFOLHA, encomendadas e pagas, dando enorme vantagem para Lula. Não seria nenhuma surpresa para os “trouxas”.
Ditos “golpistas” usam as “togas” e as leis como principais armas. Sabem melhor que ninguém que dependendo do “momento” de uma determina decisão da Justiça, o candidato que se julgar prejudicado não terá nem o tempo que seria necessário para tentar reverter a ordem judicial. Os tais “prazos” eleitorais seriam fulminantes. Esse é o “jogo” que “eles” estão fazendo, com “maestria” dolosa, sem dúvida. Bem sabem esses golpistas que as datas e prazos do calendário eleitoral são “sagrados” e imutáveis.
O “golpe” em preparação certamente será subdivido em “etapas”, cada uma das quais preparando o terreno para a seguinte. O que esses “delinquentes ” da política e da “Justiça” têm em mente é pegar a sociedade de surpresa, tirando-lhe qualquer chance de reação bem sucedida.
O “golpe” certamente terá a cobertura das leis, na “interpretação” do Supremo, que tem o poder de dar a “última palavra”, por ser ele o “tribunal constitucional”.
Considere-se que nenhuma lei tem validade se não tiver as “bênçãos” do Supremo. Essa realidade corresponde à célebre frase deixada por Ruy Barbosa: “A pior ditadura é a do Poder Judiciário. Contra ela não há a quem recorrer”.
A candidatura preferencial do “Mecanismo”, repito, sem dúvida é a de Lula, que corre “por fora”. Nunca “eles” ganharam tanto dinheiro quanto nas gestões do PT. Aí está a razão desse apoio quase “fanático”. O “Mecanismo” não é de direita, centro ou esquerda. Nada disso. A sua “ideologia” é uma só: o “dinheiro”.
Não se sabe ainda ao certo qual a estratégia do “Mecanismo” para derrotar Bolsonaro. Mas o certo é que “ele” teme mais o “vice” (General Mourão), do que o próprio “Capitão”. Isso porque essa entidade fantasma ainda respeita mais os militares que qualquer outra coisa. E bem sabe do prestígio de Mourão em boa parte do Exército e das demais “Forças” (Aeronáutica e Marinha). Ora, com os políticos, o “Mecanismo” sempre vai se sentir “à vontade”. “Enterrando” a chapa Bolsonaro/Mourão, tudo o mais seria acomodado com facilidade, quer seja com Lula, Alckmin, Ciro Gomes ou Marina Silva.
Mas parece que o “Mecanismo” está achando que o melhor seria eliminar Bolsonaro/Mourão desde logo, antes das eleições. O risco seria bem menor. Após as eleições, e se confirmadas as suspeitas de fraude eleitoral com as urnas eletrônicas, poderia haver a “surpresa” de uma reação militar qualquer. Esse “perigo” teria que ser cortado pela raiz. E toda a chance está agora com o Supremo que julgará duas ações criminais (idiotas, por sinal) contra Bolsonaro. Com um “jeitinho” qualquer, ele poderia ser condenado e afastado da competição. Com isso, o maior temor do “Mecanismo” seria afastado. O “campo” ficaria totalmente à disposição da esquerda
Se porventura for eliminado o “risco” Bolsonaro, a confirmação da candidatura de Lula seria bem menos complicada. Ela poderia ser homologada logo após o julgamento das impugnações contra a sua candidatura pelo TSE, ou em grau de recurso ao Supremo. Não haveria tempo suficiente para reverter a situação criada mediante recursos judiciais. Essa reversão só poderia se dar se usado o recurso do artigo 142 da Constituição, ou seja, mediante uma “intervenção constitucional”, provocada pelo “Poder Instituinte e Soberano do Povo” (art. 1º,Parágrafo 1º ,combinado com o 142 da CF), executada pelo Poder Militar (FA).
E se de fato existe um GOLPE sendo arquitetado pelo “Mecanismo”, só haverá uma maneira de eliminá-lo: o CONTRAGOLPE. Todas as possibilidades devem ser consideradas. E as medidas a serem tomadas como reação previamente previstas nos mínimos detalhes. Se deixarem as coisas acontecer para depois estudar o que fazer, seria a “morte” antecipada de qualquer reação. Não daria mais tempo para nada.
E se esse “golpe” porventura prosperar, sem que seja revertido a tempo por um contragolpe, caberia a aplicação do antigo brocardo do latim: “dormientibus non sucurrit Jus” (“o Direto não socorre os que dormem”). Von Ihering explicou melhor que ninguém esse brocardo: “Cabe a qualquer pessoa um dever para consigo mesmo, o de repelir com todos os meios ao seu alcance qualquer agressão a um direito investido na sua pessoa...”.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado, sociólogo, pósgraduado em Sociologia PUC/RS, ex-advogado da antiga CRT, ex-advogado da Auxiliadora Predial S/A ex-Presidente da Fundação CRT e da Associação Gaúcha de Entidades Fechadas de Previdência Privada, Presidente do Partido da República Farroupilha PRF (sem registro).