Apresentador de telejornal não é Deus. Não tem a palavra final sobre nada nem ninguém. Não tem votos. Não tem mandato.
Não falam em nome e não representam quem quer que seja.
Não me dizem nem para onde ir ou não ir.
São, se muito, personagens que amarram o burro de acordo com o comando do patrão.
No caso da entrevista desta segunda-feira (27), não deixaram o candidato falar.
Pode medir: falaram mais tempo que o entrevistado.
Confundem entrevista com inquisição.
Um desserviço que esse e outros veículos culturalmente vêm fazendo no Brasil.
Há uma incoerência absurda e deselegante em convidar um candidato à Presidência para uma entrevista e não deixar a pessoa concluir uma ideia, expor as suas ideias. Seja lá quem for.
Em Tempo. Ciro foi coerente, dentro do que lhe foi possível.
Luiz Carlos Nemetz
Advogado membro do Conselho Gestor da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes, professor, autor de obras na área do direito e literárias e conferencista. @LCNemetz