Intervenção militar? Nada disso. Inteligência "versus" burrice
19/08/2018 às 12:54 Ler na área do assinanteNo decorrer das crises que se sucederam no curso dos últimos anos - e de modo especial durante o movimento dos caminhoneiros, assisti várias e consistentes manifestações populares pedindo que as forças militares fizessem intervenção pela força, para realizar uma assepsia política nas estruturas de poder.
Inúmeras vezes e por meio de diversas e estreladas fontes assisti e ouvi, também, às respostas da caserna, vindas de patentes de "alto coturno", todas no mesmo sentido, de forma clara:
"- A saída da crise só pode ser e será pelo voto!"
E está se configurando esse enredo, com as coisas ficando bem claras.
Dois militares de formação Bolsonaro e Mourão se apresentam como franco favoritos na reta de chegada deste páreo eleitoral.
E intuo que será em rodada única. Com lucidez, discernimento, esperteza, fineza, perspicácia, raciocínio, sagacidade; se vencerem, vão honrar a democracia e deixar a classe política apodrecida sentada no chão sem discurso e sem bandeira.
Num tiro só, vão aposentar toda uma geração de lobos sedentos pelo poder. Literalmente vão tirar a escada e deixar a "corja" pendurada no pincel. Sem golpe, sem desrespeito à ordem Constitucional, sem uso da força. Nos braços do povo. Tudo anunciado antes, de forma clara:
"- Obediência à soberania popular".
Engraçado nisso tudo é ver o "sistema Globo" ajustar as velas aos novos ventos.
Devagarinho! Bem devagarinho... A senha da mudança está dada. Dois civis. Pelo voto! Inteligente, não?
P.S. (Explicando para quem não consegue interpretar um texto : não defendo e nem condeno os candidatos referidos nesse post. Apenas digo que a “elite” militar pode tomar o poder pelo voto. Sem golpe. Com inteligência. Jogando as regras do jogo. Ponto).
Luiz Carlos Nemetz
Advogado membro do Conselho Gestor da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes, professor, autor de obras na área do direito e literárias e conferencista. @LCNemetz