A presidente Dilma Rousseff é uma mulher covarde. Associada ao ex-presidente Luiz Inácio da Silva — vulgo 'Lula' — e ao Partido dos (supostos) Trabalhadores, fez do Brasil uma república sindical de baixo calão, repulsiva e sem qualquer mínimo senso administrativo. Empoleirados nessa geringonça federal, algumas dezenas de milhares de apaniguados que, por essência do que são, se servem da "res publica" para o enriquecimento pessoal e a ilícita engorda dos cofres partidários. Não há a menor possibilidade de encontrar expressões decorosas e amenas para falar dessa gente desavergonhada. Os primeiros resultados da Operação Lava-Jato
são incontestes: trata-se de uma monumental quadrilha instalada, tal qual um câncer, no coração das principais instituições. "A corrupção no Brasil tornou-se endêmica e está em fase de metástase", chancelou um dos procuradores que integra a força-tarefa liderada pelo juiz federal Sérgio Moro.
O que faz de Dilma uma mulher covarde? Sua absoluta incapacidade, por imoral conveniência ou grosseira ignorância, de reconhecer os erros brutais de seu (des)governo e, ato contínuo, assumir as rédeas da situação para buscar os caminhos da probidade e da eficiência. Ao contrário do "coração valente" que estampou sua campanha de reeleição — uma das muitas mentiras brilhantes inventadas por marqueteiros —, salta aos olhos sua covardia em vídeo jogado nas redes sociais, tal qual um vírus, durante a tradicional comemoração do Dia da Independência. "Se...", e somente "se houve erros", disse a presidente da República com um sorriso de canto de boca, às raias do deboche.
Aliás, não reconhecer os erros e transformá-los em instrumentos de deboche contra os cidadãos brasileiros tornou-se um método na atual gestão. Quando surgiram as primeiras suspeitas de corrupção na Petrobras, Dilma fez questão de dirigir-se ao respeitável público para exclamar que nossa maior estatal era o símbolo máximo de eficiência e honestidade. Investigada pelo Tribunal de Contas da União pelas famigeradas e ilegais "pedaladas fiscais" nas contas públicas, a presidente mandou comprar uma bicicleta importada caríssima e deixou-se fotografar em generosas pedaladas pelas ruas de Brasília. Diante do descalabro internacional promovido pelo Estado Islâmico, a presidente do Brasil afirmou que sua escalafobética política externa está disposta a dialogar e negociar com o grupo terrorista. Não por acaso, a Petrobras contabiliza o roubo de bilhões de Reais, a bicicleta já foi esquecida e uma célula do Estado Islâmico foi localizada em São Paulo.
Por covardia e devassidão, diante de uma crise política, econômica e, sobretudo, a maior crise institucional já vista numa democracia ocidental, o Poder Executivo faculta a responsabilidade de governar a um lobista e este reúne a nata do nosso pior esgoto para emplacar a estrovenga chamada "Agenda Brasil" e evitar o eventual processo de impeachment. Insistindo na troça e zombaria, à véspera do Sete de Setembro, um ato oficial da presidente Dilma Rousseff — Decreto nº 8.515, de 03 de setembro de 2015 — esvaziou completamente os poderes dos comandantes militares, transferindo-os ao "companheiro" Jaques Wagner, que passeava na China quando o Diário Oficial da União tornou pública a novidade rocambolesca.
Próxima ao limite da linha tênue que demarca a dignidade de um governante e pode colocar fim ao seu segundo mandato, a presidente da República crê apenas no aumento de impostos — não bastasse a irracional e inacreditável carga tributária vigente — como proposta para cobrir o rombo aberto nos cofres públicos pelas lambanças desses 13 anos de PT no comando do Brasil. Dilma não descarta a recriação da CPMF e agora, com apoio do vice-presidente Michel Temer e do PMDB, tenta emplacar o aumento da CIDE
— o famoso tributo dos combustíveis, este nosso eufemismo que chama imposto de contribuição — de R$ 0,10 para R$ 0,60 por cada litro de gasolina e a elevação dos percentuais saqueados dos cidadãos através do Imposto de Renda. Noutras palavras, a suntuosa conta da roubalheira político-partidária, como sempre, vai parar no bolso do povo brasileiro. É deboche e covardia!
A indústria de marketing político instalada no gabinete presidencial do Palácio do Planalto tem enviado sinais claros de que não apenas Dilma está desconectada da realidade do país que deveria governar. O entorno do trono está coalhado de espantalhos sem cérebro, homens de lata sem coração e leões covardes. Todos, incluindo a Dorothy tupiniquim, buscam algum mágico supostamente poderoso capaz de tirar a nação do atoleiro por eles criado. Na ficção, a narrativa é uma graça. Na vida real, resta uma retumbante desgraça.
Para sustentar a estrada de tijolos dourados que leva às regalias do poder no Brasil e uma estrutura de administração pública que favorece ao desserviço, à iniquidade e, sobretudo, à corrupção, tudo que nossa bestial Dorothy e sua legião de imbecis pseudopoderosos conseguem propor é o aumento de impostos, excrescente como quase tudo que tem sido publicado sobre o signo do instituto Presidência da República. Já que assim é — e os fatos desmontam qualquer fantasia —, talvez seja o momento dos asseclas palacianos cogitarem a criação do Imposto sobre Vergonha na Cara (IVC), que atingirá a expressiva maioria dos brasileiros e não chegará nem perto dos bolsos da "companheirada". Fica a dica, Levy!
Helder Caldeira
Escritor e Jornalista Político
Autor dos livros "Águas Turvas" e "A 1ª Presidenta", entre outras obras.
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Helder Caldeira
Escritor, Colunista Político, Palestrante e Conferencista
*Autor dos livros “Águas Turvas” e “A 1ª Presidenta”, entre outras obras.