Lágrimas na chuva - Carta de um médico a Jair Bolsonaro

Atendi doentes que ficaram por semanas em corredores aguardando UTI e vi pacientes psiquiátricos correndo nus durante os meus plantões.

07/02/2019 às 07:21 Ler na área do assinante

Não nos conhecemos pessoalmente. Escrevo-lhe, em primeiro lugar, na condição de cidadão brasileiro; em segundo, na condição de eleitor e, só em terceiro e último lugar, como médico.

Não tenho qualquer procuração de “Entidades Médicas” para me manifestar em nome delas, não sei (nem quero saber) se meus colegas acreditam ou concordam com aquilo que vou narrar e lhe pedir.

Ingressei no serviço público municipal da minha cidade no ano 2000. Fui chefiado por um médico que é ex-réu em processo por crime contra o Sistema Financeiro Nacional por participar de um esquema de saque a descoberto contra Caixa Econômica Federal. Além disso foi também condenado por falsidade ideológica (teria recebido dinheiro público para “fazer pesquisa” quando já era funcionário ou algo assim).

Esse lixo humano não tinha, sequer, a hombridade e a coragem para se declarar petista – simplesmente fazia o serviço sujo para galgar degraus na carreira política em que mais tarde se tornou conhecido. Em 2003 me disse pessoalmente que faria o possível para acabar com a minha carreira.

Imperava então, na cidade onde eu moro, a “Pyongyang dos Pampas”, o verdadeiro “maoísmo na área da saúde”. O Município era controlado pela Organização Criminosa Petista desde 1988.

Trabalhando em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), vi pessoas morrendo em cadeiras de plástico, vi funcionários com nível de segundo grau mandando embora pacientes HIV positivos com febre de quarenta de graus dizendo que “não era nada grave”.

Atendi doentes que ficaram por semanas em corredores aguardando leito em Unidade de Terapia Intensiva e vi pacientes psiquiátricos correndo nus dentro do serviço no qual eu fazia meus plantões.

Tudo anotei, descrevi e denunciei ao Conselho Regional de Medicina estimulando mais ainda, contra mim mesmo, o ódio e a perseguição política na carreira funcional.

Respondi a dezenas de sindicâncias e a um processo administrativo por insuficiência em “Estágio Probatório” cujas avaliações eram feitas com base nos relatos de enfermeiras, técnicos de enfermagem e membros da “comunidade” cabendo à médica que era minha chefia direta - petista histérica que hoje está dentro do nosso Sindicato Médico - subscrever o que diziam de mim (coisa que ela fez sem qualquer problema de consciência).

Em 2004, sem saber mais “o que fazer comigo” que pedia desesperadamente para ser transferido e trabalhar num Hospital e não numa (UPA), fui mandado para outra espelunca igual a primeira – meu chefe, outro lixo petista, um alcoolista formado em Medicina, tinha ficha no antigo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), ficou famoso por assédio sexual contra funcionárias e as revistas que fazia nas suas bolsas quando algo desaparecia. Estimado pelo comando local do tráfico de drogas, não teve comigo tratamento diferente.

Em 2007, doente e deprimido, consegui, depois de laudo da MINHA psiquiatra, ter minhas funções limitadas a um Hospital da cidade – neste hospital o Diretor era o médico que foi meu chefe na primeira UPA onde comecei minha carreira no Serviço Público.

Depois disso tudo ficou claro pra mim que eu não podia mais trabalhar em UPA alguma como médico do Serviço Público. Procurei então mudar de especialidade e me tornei intensivista (até então era clínico e cardiologista) após prestar a Prova de Título da entidade que representa esta especialidade no Brasil.

Fiz isso com intuito, mais uma vez, de ficar longe do terror, do descaso, do verdadeiro inferno que são as UPAS e serviços de Emergência no nosso país para qualquer médico que não seja corrupto, louco ou comunista.

Em 2010 ingressei, também através de concurso público, na carreira como médico intensivista de um Hospital Federal (na verdade uma autarquia) que era então comandado pelo Partido Comunista do Brasil.

Toda minha história já era então conhecida no meio médico da cidade – entre "colegas" (ou entre os que pensam que são médicos) eu já era visto como “louco” e “paranoico que se considera perseguido pelo PT”.

Em 2014, depois de ter escrito sobre o Programa Mais Médicos, depois de me insurgir contra as barbaridades que vi acontecerem dentro da Unidade de Terapia Intensiva em que eu trabalhava, uma médica (em conluio com os comunistas da Direção) me acusou de “violência contra mulher”.

Um “juizeco” do trabalho (de primeiro grau) da minha cidade completou o serviço sujo solicitado pela escória, pela ralé do PT, PSOL e PC do B. Eu fui exonerado e o Hospital ganhou o processo trabalhista que movi contra ele porque na Segunda Instância foram os colegas de ideologia da Ministra Rosa Weber (ex-presidente do TRT-4) que julgaram o recurso apresentado pelo meu advogado.

Nessa época eu já era conhecido nacionalmente por “mandar Dilma chamar um médico cubano” na ocasião do seu “mal-estar” no debate com o corrupto e chefe de quadrilha, então candidato à Presidência da República, Aécio Neves.

Capitão Bolsonaro (assim o chamo agora porque sou também tenente da reserva da Força Aérea Brasileira), tudo isso que escrevi acima é apenas parte da minha história no Serviço Público como Médico. Eu não tenho aqui interesse algum de despertar piedade ou pedir ao senhor qualquer coisa – meu objetivo hoje é deixar o Brasil e ser médico em outro país.

Escrevo-lhe por considerar minha obrigação, em primeiro lugar, tornar público aquilo que aconteceu comigo e, em segundo, dizer ao senhor aquilo que considero ser prioridade na área da saúde se o senhor, porventura, conseguir se eleger. O que deve ser dito é o seguinte:

Toda Rede Hospitalar Brasileira foi destruída pelo Regime Petista. UPA’s são lugares criados para esconder a morte de pacientes que deveriam estar dentro de hospitais: a UPA é um lugar em que se atende tudo aquilo que não é suficientemente grave e poderia ser resolvido num posto de saúde, ou coloca a vida do paciente em risco e ele deveria estar dentro de um Hospital.

Deputado Bolsonaro, enquanto existir SUS no Brasil o PT e o comunismo na área da Saúde vão estar vivos.

O senhor não poderá acabar com o SUS pois será impedido pela Constituição Federal, mas pode mudar toda História da Saúde Pública se afastar, se exonerar e expulsar de dentro do Ministério da Saúde, a corja, a ralé de alcoolistas, pederastas, pedófilos, viciados, corruptos, vagabundos e estelionatários do PT, PSOL e PC do B que hoje MANDAM e DESMANDAM na Saúde Pública Brasileira e que fizeram comigo (e com centenas de outros médicos) isso que narrei no início da carta.

Acabe, eu lhe imploro, com a Ditadura Comunista na Saúde Pública, não ceda mais um centavo sequer para postos de saúde e UPA’s – o Brasil foi transformado num “postão”!

Ajude a reconstruir a Rede Hospitalar Brasileira, lute para FECHAR e não para abrir mais faculdades de Medicina! Colabore com as entidades médicas na formação de um plano de carreira e de um piso salarial mínimo em todo país, ajude os médicos brasileiros a se fazerem respeitar pela Imprensa Vagabunda Petista que hoje nos massacra expulsando os escravos cubanos (falsos médicos) trazidos por Dilma Rousseff e por outro bandido da minha profissão chamado Alexandre Padilha.

Não sei se o senhor vai conseguir se eleger: acredito que pode ser assassinado a qualquer momento pela Organização Criminosa que comanda o Brasil ou que as urnas possam ser fraudadas dando a vitória a quem puder ser controlado por ela.

Minha história eu tornei pública. Ela vai passar despercebida como "lágrimas na chuva" (como diria aquele androide do filme "Blade Runner"), mas com o meu voto o senhor pode contar.

Cordiais Saudações,

Nota da Redação: Carta originalmente publicada em 08 de agosto de 2018.

Milton Pires

Médico cardiologista em Porto Alegre

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