Lula deu a ordem, Pimentel foi traído e PT do Ceará vai apoiar Eunício
01/08/2018 às 14:27 Ler na área do assinanteO resultado da convenção no Ceará dá a exata noção do domínio que Lula exerce sobre o PT.
A grande maioria dos petistas segue cegamente às determinações do presidiário, que mesmo preso consegue ter o absoluto controle do partido.
Um acordo que Lula tinha com o emedebista e ‘golpista’ Eunício de Oliveira custou a cabeça do senador José Pimentel, petista histórico, ex-ministro da Previdência Social e deputado federal por quatro mandatos.
Lula deu a ordem e a convenção petista deixou Pimentel sem legenda para tentar a reeleição.
Lauro Jardim, de O Globo, conta a história com detalhes:
O PT cearense deu uma rasteira em José Pimentel e negou ao senador legenda para disputar a reeleição. O PT, com o o.k. de Lula, vai facilitar a vida de Eunício Oliveira, emedebista até a medula.
Mais do que isso, Eunício poderá exibir uma mensagem de apoio de Lula que vale um pote até aqui de votos no Ceará.
Gleisi Hoffmann tuitou no domingo um post tentando desmentir que Lula vá apoiar Eunício. Disse Gleisi:
— Lula não enviou nenhuma carta de apoio à candidatura de Eunício de Oliveira ao Senado da República pelo Ceará.
Por meio de um ex-ministro de seu governo, Lula enviou uma mensagem em resposta a uma carta enviada pelo emedebista. Mais explícito, impossível:
— Meu candidato prioritário no Ceará é você. Jamais deixaria que uma ação com Dilma atrapalhasse essa reeleição.
E que ação é essa a que se refere Lula? O ex-presidente explicou que pouco antes de ir para Curitiba havia desautorizado uma operação em curso destinada a convencer Dilma Rousseff a transferir o domicílio eleitoral para o Ceará, onde seria candidata ao Senado.
A mensagem de Lula foi uma resposta à carta de Eunício, que começava assim:
— Caro presidente Lula, querido amigo, foi ouvindo meu coração nordestino e sertanejo que tomei a liberdade de escrever esta mensagem. Com ela, quero reiterar a admiração e o respeito que lhe devoto desde muito antes de ter a honra de servir ao seu governo como ministro e, depois, como líder do PMDB, ao lado de outros valorosos companheiros.