O petismo e o mal possível

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Leio no site do PT na Câmara

“Esta semana a convenção do PT vai confirmar a candidatura do presidente Lula. E dia 15 vamos registrá-la no TSE, conforme decidimos em dezembro de 2017. Não foi nada fácil chegar até aqui e se chegamos foi pela vontade do povo, que a cada pesquisa confirma e amplia a preferência por Lula, esperança do Brasil. Não há e nunca houve possibilidade de recuo nessa caminhada.”

COMENTO

Não há qualquer novidade nesse artigo da senadora Gleisi Hoffmann, cuja íntegra pode ser lida aqui. O que ela chama de “recuo nessa caminhada” seria algum sintoma de respeito à estabilidade institucional e ao bem do país.

Estamos a assistir e assistiremos de modo ainda muito mais intenso no próximo quadriênio, o PT fazendo ao país todo o mal possível.

Foi o que fez na oposição, o que fez na década e meia em que governou o país e continuou a fazer após o impeachment da senhora Rousseff.

É interessante que usem a palavra golpista para adjetivar os pacienciosos cidadãos que aceitaram a primeira vitória de Lula, a segunda vitória de Lula, a vitória de Dilma e a nova vitória de Dilma. Apenas quando – no fundo da recessão e do desemprego, com a Lava Jato desarticulando as quadrilhas instaladas no poder – a maquilagem das contas públicas evidenciou o crime de responsabilidade, teve início o lento e constitucional processo de impeachment. Você pode imaginar o PT perdendo quatro eleições sucessivas e não fazendo o que fez, em tempo integral, contra Collor, Itamar e FHC?

Golpismo seria a omissão. Golpismo seria não fazer o que a Constituição determinava. Golpismo é o que o PT passará a fazer tão logo algum NÃO petista assuma a presidência.

É o que sempre fizeram na União, nos Estados e nos Municípios.

Foto de Percival Puggina

Percival Puggina

Membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

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