O Rio de Janeiro sob o controle das facções criminosas, até quando?
05/07/2018 às 20:24 Ler na área do assinanteMais uma inocente vítima morre em consequência do estado de insegurança por que passa o Rio de Janeiro. Agora foi o adolescente Marcos Vinícius da Silva, de 14 anos, baleado durante tiroteio no Complexo da Maré, onde houve protestos de moradores, ataques a ônibus, confronto com policiais e interdições de avenidas importantes.
Deveria ser decretado pelo Congresso Nacional por solicitação do presidente da República o estado de sítio no Rio de Janeiro, para os miliares cumprirem as suas missões.
A intervenção federal na segurança pública do Rio – uma espécie de quase estado de defesa – não tem dado o efeito desejado e está desmoralizando o trabalho do Exército, que fica amordaçado sem poder agir com desenvoltura e eficácia sobre a macrodelinquência dos traficantes e congêneres.
O que estão esperando para sustar os tiroteios diários e a mortandade de cidadãos inocentes no Rio? Até agora as medidas tomadas não surtiram efeito, pois a escalada da criminalidade imposta pela bandidagem continua a sufocar a paz de seus cidadãos.
Gostaria de ver morando nas favelas e periferias pobres do RJ – Presidente da República, Governadores, Senadores, Deputados e demais pessoas do alto escalão da Republica – porque, certamente, já se teriam tomado medidas mais contundentes contra as facções criminosas instaladas no Rio.
A partir da redemocratização brasileira, o cidadão perdeu completamente o ambiente de segurança de que desfrutava. E os defensores dos Direitos Humanos têm parcela de culpa nas ocorrências criminais no Rio e no país, pois protegem demais os supostos ‘direitos’ de bandidos.
Quando a polícia age com energia, em defesa da sociedade, logo surge um hipócrita “direitista humano” para censurar a atuação policial. Por outro lado, é inadmissível e causa perplexidade que bandidos, de dentro da prisão, controlem presídios e deem ordens para que sejam perpetradas ações criminosas aqui fora. O Brasil precisa urgentemente de uma nova ordem superior para resgatar a paz e a moralidade do país.
É muito difícil esperar solução de um Congresso Nacional com a maioria de seus membros encalacrada na Justiça. Temos hoje um Congresso Nacional polarizado. De um lado, aqueles que só tratam da defesa do presidente da República, Michel Temer, também enrolado na Justiça. Do outro, os petistas e agregados defendendo a libertação e a candidatura de um corrupto, legalmente condenado e preso. Enquanto isso, os problemas graves sociais de segurança pública são relegados ou tratados com menoscabo.
Nós, que pagamos impostos, exigimos segurança pública no país. Associar a escalada da bandidagem à falta de oportunidades de trabalho é uma desculpa que deve ser responsabilizada à classe política e aos governos, que empregam muito mal o dinheiro do contribuinte.
Vejam os gastos astronômicos para manter a ilha da fantasia Brasília, onde o Congresso Nacional, inchado, inoperante e repleto de mordomias, consome rios de dinheiro, que deveriam estar sendo mais bem empregados em educação. Sem esquecer também que muitos políticos se locupletam do dinheiro da nação, como ficou demonstrado na Lava-Jato. E a condenação e prisão dos corruptos Lula e Sérgio Cabral é a prova cabal do enriquecimento ilícito de políticos.
Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor (federal) aposentado.