O ex-ministro Sepúlveda Pertence hoje amarga um arrependimento terrível por ter aceitado a aventura de patrocinar a defesa de um criminoso do quilate de Lula.
Vários fatores fizeram com que se embrenhasse nesta arapuca.
Segundo fartamente divulgado, os honorários percebidos teriam sido tentadores, muito dinheiro, muitos milhões.
Sepúlveda, por sua vez, imaginava ou imaginou que detinha muito mais prestígio do que realmente dispunha.
Na realidade, seu aventado prestígio era uma mera ilusão.
O advogado, outrora um ministro, hoje apenas e tão somente um ‘mero advogado’, confundiu um certo respeito pela condição de ex-supremo, com prestígio.
Esqueceu-se do ditado popular que diz 'rei morto, rei posto'.
Esqueceu-se também do popularesco que diz que não se deve 'pôr a bunda na janela'. Togados supremos não cometeriam esta heresia por um ex-supremo.
Sepúlveda também esqueceu-se da lei e da Constituição.
Fracassou, foi humilhado por um advogado abobalhado e aético e quis deixar a causa.
Esqueceu-se que estava lidando com uma Organização Criminosa.
Terá que permanecer no caso e engolir a humilhação.
É hoje um prisioneiro de Lula.
Bem mais rico, mas desmoralizado.