Levy põe a língua de fora, reclama de isolamento e ameaça sair

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O ministro da Fazenda, conforme o Jornal da Cidade já havia adiantado (veja aqui -)  está realmente em queda livre, que vem se acentuando em função de seu gradual enfraquecimento político.

Nesta quarta-feira (2), Joaquim Levy reuniu-se com a presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, para reclamar do isolamento e falta de apoio no governo, pondo em dúvida sua permanência no cargo se a situação não mudar.

Depois de falar com o ministro e ouvir que ele sentia,a presidente, tentando amenizar, fez uma defesa pública de Levy, dizendo que ele "não está desgastado" nem "isolado" no governo. "Isolado de mim ele não está", disse Dilma, após cerimônia no Palácio do Planalto.

Na realidade, Levy não falou ainda em pedir demissão, mas deixou claro que, sem apoio do Planalto, sua permanência à frente da Fazenda corria risco. A conversa foi um "desabafo", de alguém que tinha uma estratégia para reequilibrar as contas públicas e sente que está perdendo as batalhas internas - uma após a outra.

Nos últimos meses, Levy foi derrotado em diversos embates na condução da política econômica do governo. O último foi o envio ao Congresso da proposta de Orçamento para 2016 com um inédito deficit primário de R$ 30,5 bilhões. O ministro defendia cortes de gastos maiores, mas o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, preferia o Orçamento com deficit. Dilma ficou com a posição de Barbosa.

Em julho, o ministro da Fazenda havia sido contra a redução da meta fiscal deste ano. Chegou a garantir que ela não seria alterada. De novo, Dilma fechou com Barbosa e reduziu o superavit primário de 1,1% para 0,15% do PIB (Produto Interno Bruto).

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