Denúncia seríssima contra Gilmar expõe o tráfico de influência na advocacia
13/06/2018 às 12:54 Ler na área do assinanteO nome que deve ser observado é o de Sidney Gonzalez. É o diretor de projetos da Fundação Getúlio Vargas. Parceiro de Gilmar Mendes nos eventos do IDP e vizinho num edifício em Lisboa. Gilmar e Sidney são extremamente próximos. Juntos já organizaram 11 rentáveis seminários. Amizade sólida.
O caso, denunciado nesta quarta-feira (13) pelo jornalista Claudio Dantas, editor de O Antagonista, se refere a um pedido de indenização movido pela empresa Açopart Participações contra o BNDESPar, por supostas irregularidades na privatização da Companhia de Ferro e Aço de Vitória (Cofavi), em 1989.
A Açopart na ação quer ser indenizada sob a alegação que depois que efetuou a compra da estatal descobriu em sua contabilidade um passivo oculto de US$ 35 milhões.
A indenização pleiteada atinge hoje o estratosférico montante de R$ 612 milhões.
O advogado da Açopart, o festejado Arnoldo Wald, contratou para atuar na ação Marcus Vinicius Furtado, ex-presidente da OAB.
Na sequência, Furtado substabeleceu os poderes para Thiago Gonzalez Queiróz.
Quem é Thiago? É sobrinho de Sidney Gonzalez, o amigo, parceiro e vizinho de Gilmar.
Pois bem, após a entrada de Thiago na ação, o processo sofreu uma reviravolta. Bastou uma simples petição do sobrinho de Sidney para que Gilmar admitisse um erro e reconsiderasse uma decisão que já havia tomado.
Alguém é capaz de imaginar Gilmar reconhecendo um erro?
Tais fatos, levarão a Açopart a abocanhar rapidamente a importância milionária pleiteada a título de indenização.
É o caso típico de tráfico de influência, demonstrando que não basta ser bom advogado e conhecer direito, tem que ter a pessoa certa, na hora certa.
Fonte: O Antagonista
da Redação