Pai, filha e irmão, os três indiciados na Lava Jato
02/09/2015 às 04:05 Ler na área do assinanteA Polícia Federal indiciou nesta terça-feira (1º) o ex-ministro José Dirceu de Oliveira e Silva, nos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro; sua filha Camila Ramos de Oliveira e Silva,
por lavagem de dinheiro; e o irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, nos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Além do trio, outros onze também foram indiciados:
- Roberto Marques: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
- Julio Cesar dos Santos: falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
- Milton Pascowitch: formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa
- José Adolfo Pascowitch: formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa
- Fernando Horneaux de Moura: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
- Olavo Horneaux de Moura: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
- Renato Duque: formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro
- João Vaccari Neto: formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa
- Gerson Almada: corrupção ativa e formação de quadrilha
- Cristiano Kok: corrupção ativa e formação de quadrilha
- José Antunes Sobrinho: corrupção ativa e formação de quadrilha
Trata-se de relatório parcial, o juiz Sérgio Moro, da primeira instância da Justiça Federal, deverá conceder novo prazo e devolver os autos para a Polícia Federal, para que as investigações prossigam.
Segundo as investigações do MPF e da PF, Dirceu participou da instituição do esquema de corrupção da Petrobras quando ainda era ministro da Casa Civil, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-ministro "repetiu o esquema do mensalão", de acordo com o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima. "Não é à toa que o ministro do Supremo disse que o DNA é o mesmo. Nós temos o DNA, realmente, de compra de apoio parlamentar – pelo Banco do Brasil, no caso do mensalão, como na Petrobras, no caso da Lava Jato."
Segundo ele, Dirceu foi "instituidor e beneficiário do esquema da Petrobras", mesmo durante e após o julgamento do mensalão.
"Seu irmão fazia o papel de ir até as empresas para pedir esses valores", disse o procurador, afirmando que essa foi uma das razões para o novo pedido de prisão de Dirceu.
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva era sócio de Dirceu na JD Consultoria, empresa suspeita de receber R$ 39 milhões por serviços que não foram feitos.
Após a conclusão das investigações, em razão da concessão do novo prazo que deverá ser concedido por Sergio Moro, o MP já poderá oferecer denúncia para que seja então iniciado o processo-crime contra os três parentes e os demais acusados.
https://www.facebook.com/jornaldacidadeonline
Se você é a favor de uma imprensa totalmente livre e imparcial, colabore curtindo a nossa página no Facebook e visitando com frequência o site do Jornal da Cidade Online.
da Redação