Juíza é suspeita de manobra para afastar Bretas da Lava Jato
12/06/2018 às 14:19 Ler na área do assinanteA juíza federal Caroline Vieira Figueiredo terá que se explicar junto ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), por uma suposta manobra para retirar os processos da Operação Lava Jato das mãos do juiz Marcelo Bretas.
Colocada na 7ª Vara Criminal para auxiliar Bretas, a juíza passou a defender a divisão dos processos com base em critérios meramente administrativos, ignorando a questão legal.
De acordo com a lei, o juiz que conduziu o processo, no caso Marcelo Bretas, deve dar a sentença.
A regra do conselho da Justiça Federal utilizada pela magistrada prevê a distribuição eletrônica dos processos para agilizar o trabalho dos juízes. Os pares ficam com o titular da vara e os ímpares vão para o substituto.
A juíza Caroline Vieira usou a resolução do conselho para pedir que ela assumisse a ação da Operação Saqueador, processo mãe da Lava Jato no Rio, que é ímpar.
Na prática, isso poderia passar todos os processos da Lava Jato para ela.
Desfeita a manobra pelo TRF-2, ela tem agora até quinta-feira (14) para se explicar.
Segundo o G1, a investida da juíza Caroline causou perplexidade em todos os integrantes da Operação Lava Jato.