Que fim levaram todas as flores?

31/08/2015 às 23:54 Ler na área do assinante

O episódio macabro ocorrido no último fim-de-semana no Estado de Mato Grosso do Sul, me deixou entristecido. De um lado índios ensandecidos, manipulados por pessoas sem escrúpulos, que tentam colher proveitos de popularidade para alçar voo na política, de outros produtores rurais acuados e se debatendo para não morrer, partindo para o confronto de armas nas mãos. Chegamos a barbárie, ou matar ou morrer.

Esta crise tem sido relevada pelas autoridades, e agora tem-se notícias que índios do Paraguai, apoiado por meliantes que se dizem guerrilheiros, estão a procurar “caçar encrenca” no Brasil, procurando fortalecer a imagem da “vítima fraca” que foi “assassinada pelo homem branco”. Ora, senhores! Isto não passa de “conversa fiada’ na minha opinião. A lei é para todos, e tanto o índio, como o homem branco tem que respeitar.

Primeiro digo que condeno invasão de terras, pois, deve haver o respeito em primeiro plano a propriedade alheia.

Se os políticos não estão nem aí para o problema indígena, ou, não querem resolver, o cidadão que tem uma fazenda perto da área indígena não é culpado e não pode, nem deve, sofrer a violência gratuita, tendo queimada a sua propriedade e seus maquinários.

Por outro lado, também não aprovo que tudo se resolva “na bala”, dando liberdade ao produtor rural de atirar a esmo. Isto está errado! Temos lei, temos judiciário, temos polícia, e temos que ter autoridade também. Não podemos perder o bonde da história e achar que tudo se resolve “na bala’ pois, a violência é um monstro muito feio, que não sabemos que face ela aparece a cada dia que nasce. Se prosseguirmos assim, teremos o caos.

Necessário que as autoridades, especialmente o governador e o secretário de segurança pública atuem imediatamente no caso, que coloque a vontade política com efetividade, que saía do mundo dos discursos e passe a ação, que chame o Presidente do Tribunal de Justiça e peça rapidez as ações de reintegração, que coloque a polícia para prender desordeiros e meliantes que queiram ameaçar a paz social, e que oficie a polícia federal a prender os índios que saiam de suas aldeias e se dirija a outro município para promover bagunça, e que peça ajuda ao Exército brasileiro para manter a paz social. Por outro lado, que prendam quem usar da violência e da força para querer prevalecer o  seu direito e não a justiça. Este país tem lei, e deve ser respeitada.

Espero que tenhamos homens públicos a altura da crise que apareceu, para que não tenhamos que lamentar amanhã ‘que fim levaram todas as flores”, como canta o poeta, pois, no andar da carruagem, uma explosão social como carnificina está prestes a explodir no estado.

Sergio Maidana

advogado em Campo Grande (MS)

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