
Gilmar recebe ofício de Bretas, não comenta e solta mais um
06/06/2018 às 06:57 Ler na área do assinante
A atitude do ministro Gilmar Mendes deu a exata demonstração do que ele pensa e de sua preocupação com a aplicação da Justiça e punição dos corruptos. Nenhuma, óbvio.
Nesta terça-feira (5) o juiz Marcelo Bretas resolveu oficializar a sua indignação ante as ações do ministro contra a Operação Lava Jato, soltando 19 pessoas que estavam presas por envolvimento com o crime de corrupção.
Bretas foi duro. Veja:
"Casos de corrupção e delitos relacionados não podem ser tratados como crimes menores, pois a gravidade de ilícitos penais não deve ser medida apenas sob o enfoque da violência física imediata. Os casos que envolvem corrupção de agentes públicos têm enorme potencial para atingir, com severidade, um número infinitamente maior de pessoas", asseverou o juiz no documento.
Instado pela imprensa a comentar sobre o assunto, o ministro manteve-se silente.
Sua resposta veio mais tarde, não com palavras, mas com mais uma ação nefasta.
Gilmar Mendes ordenou no final do dia, a soltura de Antônio Cláudio Albernaz Cordeiro, preso desde em maio na Operação Câmbio, Desligo.
Agora são 20, em 20 dias. É recorde.