
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O boato da hora sobre a eleição (haverá boatos pelos próximos 70 dias, tempo que falta para as definições) dá conta de Marina ser escolhida como a candidata das forças de centro. Não me parece despropositado, já que seu discurso é cada vez mais de centro.
Assim, a eleição teria apenas três candidatos competitivos:
1. Bolsonaro. Antissistema na origem e representando o antissistema.
2. Marina. Antissistema na origem, representando o sistema, sua parte moderada (incluindo PSDB, o propositor da união em torno dela).
3. Ciro. O que sempre participou do sistema (em várias siglas e cargos), representando a parte esquerdista do sistema.
Restando apenas três candidatos competitivos, qualquer um deles pode se eleger, inclusive em primeiro turno. Marina terá a maior parte do tempo de TV e das estruturas partidárias. Ciro terá ainda muita estrutura e tempo de TV. Bolsonaro não terá nada disso, mas terá, nesse cenário, o apoio de quem é por definição contra todas essas estruturas.
É o imponderável. Como qualquer outro cenário também o é. Eleições imponderáveis e distantes no tempo, parece que faltam dois anos para o dia do voto.
Aurélio Schommer
Membro do Conselho Curador na Fundação Cultural do Estado da Bahia - Funceb e Membro Titular no Conselho Estadual de Cultura da Bahia.