Brasília – Tudo isso que está aí é herança do PT: Temer, Moreira, Padilha, Geddel, Henrique Alves. Falência da Petrobrás. Vendas fraudulentas de rede de postos para os argentinos, compra superfaturada da refinaria no Texas, propinas na construção da usina de Belo Monte.
Outras coisas do PT: Marcelo Odebrecht, Palocci, Vargas, Delúbio, Zé Dirceu, Vaccari, Bendine, Leo Pinheiro, Cabral, Eduardo Paes, Mantega, Dilma e tantos outros já presos ou respondendo a processos na Justiça.
Esse é o legado dos quatorze anos de corrupção ininterrupta e do desmando do Partido dos Trabalhadores que transformou o país nessa gaiola das loucas.
A Dilma congelou os preços dos combustíveis e as tarifas de energia elétrica em 2014 para se reeleger. Dois anos depois foi impedida de permanecer na presidência por irresponsabilidade fiscal, mas deixou um rastro de incompetência administrativa e um desarranjo na economia e na política brasileira sem precedente. Acusada de corrupção por Palocci, vive hoje cercada de assessores às custas do nosso dinheiro, e ainda tem a petulância de se manifestar sobre a economia que ela destroçou. É muita cara de pau!
Na outra ponta, tecnocratas frios da Petrobrás, insensíveis aos problemas sociais, tentam salvar a empresa falida pelos petistas corruptos, sobrecarregando nas costas dos brasileiros os preços exagerados da gasolina e do diesel.
Querem, de uma hora para outra, equilibrar as finanças da petrolífera com o suor dos já combalidos trabalhadores brasileiros, sufocados por impostos, e refém desse governo biruta. Dizia aqui, em outros artigos, que o Brasil precisa de mais de vinte anos para se recuperar da tragédia petista. E pelos candidatos que despontam aí, sem exagero nenhum, o conserto ainda vai se prolongar por muito mais tempo.
Temer, o presidente mais impopular do mundo, não dá uma dentro. Veja: assustado com a violência do Rio de Janeiro fez uma intervenção no Estado e com isso paralisou o Congresso Nacional, antecipando as férias dos parlamentares em ano eleitoral. Dias depois, como se tivesse descoberto a pólvora, declarou-se candidato à reeleição. Quando ainda saboreava a decisão que, segundo ele, iria resgatar a segurança dos cariocas, militantes fortemente armados desafiam as forças de segurança e matam a vereadora Marielle e o seu motorista Anderson. Pronto, Temer recolheu-se, silenciou-se e, agora, apresenta Meirelles, ex-secretário da Fazenda, como candidato do MDB.
Esse governo erra muito. Já começou errado quando convocou ministros envolvidos na Lava Jato para compor seu staff. Errou mais ainda quando deu cobertura a assessores desqualificados para que esses desfilassem com mala de dinheiro de propina pelas ruas de São Paulo como se fosse um assaltante que acabara de raspar o cofre de um banco. Errou também quando recebeu Joesley, o goiano da carne, para tratar de assuntos indigestos à república como a garantia de manter a caixinha de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, mesmo com ele preso e condenado.
Esses desacertos do Temer custam caro ao país. Para se livrar da aprovação dos processos na Câmara distribuiu dinheiro a granel para os deputados, esvaziando os cofres públicos e levando o país à beira da bancarrota. Desde que assumiu o cargo, o presidente tem se comportado como estagiário nervoso no seu primeiro dia de emprego. Chegou ao governo anunciando cortes no orçamento, redução de ministérios e austeridade nos gastos, mas de lá para cá desdisse o que disse: criou novos ministérios, não enxugou os custos da máquina administrativa, não estancou a sangria das diárias de viagens de servidores e nem inibiu os gastos com cartões corporativos usados sem nenhum critério.
Além disto, o governo não aguenta a mínima pressão. Foi alertado, o ano passado, pelas entidades de caminhoneiros da tragédia da paralisação e fez pouco caso sobre as ameaças, mesmo tendo em seu poder um vídeo que antevia o colapso. Depois do leite derramado, cedeu às pressões, mas deixou que a paralisação se politizasse ideologicamente. Nos bastidores foi criticado pelas Forças Armadas pela hesitação em combater rapidamente a paralisação dos caminhoneiros.
No quarto dia de greve, foi visto distribuindo carros no interior do Rio de Janeiro, um evento chinfrim, paroquial. Não foi capaz de detectar com seus radares da segurança institucional as nuvens negras que sobrevoavam o Planalto desde o ano passado.
O resultado está ai: calamidade pública. E o mais grave: mesmo sofrendo em acostamentos à beira das estradas, os caminhoneiros tiveram o apoio dos consumidores que ficaram horas a fio esperando em filas quilométricas para abastecer seus carros.
A pesquisa do Datafolha sobre o acontecimento revelou que 87% da população apoiou a greve, recado claro de que o governo mais impopular do mundo também é fraco, trapalhão e não lidera o país.
(Texto de Jorge Oliveira)
Fonte: Diário do Poder