Qual é o seu Partido?

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O problema do partido é que você tem que tomar partido! Até o coração do compositor Cazuza tinha um partido, era partido! 

E não tem como viver e conviver sem tomar partido, até nas mais simples coisas como gostar de café e virar a cara para o chá. 

Acontece que um partido é uma parte, nunca o todo, como diz o nome, senão se chamaria Total. E aí, vamos nos filiar ao Total? Será que tem corruptos no Total? Parece que tem esse partido na terra do nunca!

Claro, numa sociedade complexa, plural, dividida em classes sociais, credos, cores e centenas de outras sectarizações é impossível um partido político representar o todo, pelo menos dentro do nosso modo de produção vigente.  

Então um partido representa um segmento da sociedade, um grupo social em disputa. 

O problema é que um partido político tem como objeto principal tomar o poder! O poder pelo poder é a moral do partido político. E chegando ao poder ele vai representar necessariamente aquele grupo, aquela parte, aquela corporação, danam-se os outros!

Então o poder, numa democracia ou numa ditadura é sempre coercitivo porque é um partido lá! 

Aqui é onde entra o ponto muito nevrálgico, hoje, em meio a esse processo em que se desencadeou a maior contenda da história desse país entre dois dos partidos, PT e PSDB: a intolerância! 

E a intolerância, no final é a incapacidade de conviver com as diferenças! É lógico que com relação à estrutura do Estado e sua organização, é um assunto muito complexo. Porém a utopia diz que o todo é formado pelas partes e o partido no poder, ao invés de harmonizar, subjuga as outras partes! 

Portanto, todo partido político é autoritário na sua essência! 

Talvez gostar de café seja assim também!

Raimundo Edmário Guimarães Galvão

Músico e jornalista

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